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domingo, 16 de agosto de 2020

3,1 milhões de brasileiros perderam o emprego na pandemia, segundo o IBGE

Foto: Diana Raeder/Esp. CB/D.A Press
A crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus já deixou pelo menos 3,1 milhões de brasileiros sem emprego. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid19), divulgada, nesta sexta-feira (14/8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, havia 9,8 milhões de desempregados no Brasil em maio, quando começaram os estudos sobre o impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho. No fim de julho, contudo, o número de brasileiros que estavam sem emprego já havia saltado para 12,9 milhões.

Os dados mostram um aumento de 31,6% no número de desempregados do Brasil ao longo de quatro meses de pandemia. É uma situação que fez a taxa de desemprego saltar de 10,5% para 13,7% entre maio e julho.

Baque da pandemia

A Pnad Covid-19 ainda mostra que, apesar de a atividade econômica estar dando sinais de recuperação, o mercado de trabalho continua sofrendo de forma intensa o baque da pandemia. É que 500 mil desses brasileiros ficaram sem emprego só na última semana de julho.

Segundo o IBGE, o número de desempregados cresceu de 12,4 milhões para 12,9 milhões só entre a semana de 19 a 25 de julho e a semana anterior. A taxa de desemprego, portanto, avançou de 13,1% para 13,7% só nesse período.

E os especialistas alertam que essa taxa deve continuar crescendo. Afinal, o mercado de trabalho demora a se ajustar diante de uma crise econômico. Além disso, muitos brasileiros que estão sem emprego ainda não estão buscando uma nova ocupação devido à pandemia.

Do Diario de PE

sábado, 18 de julho de 2020

71% dos brasileiros têm medo de perder o emprego durante a pandemia Por: Correio Braziliense

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O sentimento de que o pior da crise causada pelo novo coronavírus ficou para trás tem animado o governo e o mercado. Porém, ainda não é sentido pela maior parte dos consumidores brasileiros. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) explica que seis em cada dez brasileiros acreditam que a recuperação econômica ainda não começou e que essa retomada deve ser lenta. Por isso, os brasileiros seguem com medo de perder o emprego e continuam consumindo menos.

Em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, a CNI ouviu mais de dois mil brasileiros para entender como a pandemia do novo coronavírus tem sido vista pela população. O levantamento constatou que 66% dos consumidores acreditam que a covid-19 terá grandes efeitos sobre a economia, 67% sentem que a recuperação econômica ainda não começou e 61% acham que essa retomada vai durar mais de um ano.

"A preocupação e o medo com a pandemia em si até reduziram um pouco entre maio e julho. Mas a preocupação com os seus efeitos continua presente", conta o gerente de análise macroeconômica da CNI, Marcelo Azevedo.

O que explica essa dicotomia de sentimentos é o efeito da pandemia do novo coronavírus sobre a renda dos brasileiros. De acordo com a pesquisa da CNI, até houve uma redução no número de brasileiros que admitiram ter perdido renda (de 40% para 31%) e ter ficado endividado (de 53% para 45%) na pandemia do novo coronavírus.

Porém, isso não reduziu o medo sobre a estabilidade financeira. Tanto que 71% dos trabalhadores ainda têm medo de perder o emprego. "Há uma incerteza sobre o próprio emprego e a renda. E as decisões de consumo estão sendo afetadas por isso", destaca Azevedo.

Corte de gastos
Segundo a CNI, 71% dos brasileiros cortaram gastos durante a pandemia e a tendência é que esse nível reduzido de consumo permaneça após o isolamento social, o que pode retardar a recuperação econômica. Prova disso é que menos de 10% dos brasileiros estão dispostos a aumentar o consumo de produtos duráveis como móveis, eletrônicos e eletrodomésticos depois da quarentena. Além disso, quase 70% dos brasileiros dizem que pretendem frequentar menos os bares e restaurantes e os shoppings.

"Os novos hábitos tendem a ser duradouros. Então, setores que registraram alta agora na pandemia, como os de produtos de limpeza, alimentos para consumo domiciliar e farmoquímicos, devem continuar com uma situação mais positiva. Já os demais podem ficar com a demanda reduzida por mais um tempo. Então, a liberação do comércio não significa que a crise chegou ao fim", alerta Azevedo.

Por: Correio Braziliense

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Quase 18 milhões de brasileiros não conseguiram procurar emprego na pandemia

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
O contingente de informais caiu ao longo do mês, indo de 35,7% na primeira semana do mês para 34,5% na última

Aproximadamente 17,7 milhões de brasileiros não conseguiram buscar emprego no último mês de maio, em meio à pandemia do novo coronavírus no Brasil, informou nesta terça-feira (16) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Esse montante representa os brasileiros que estão fora da força de trabalho e gostariam de estar trabalhando, mas não procuraram uma ocupação ou por causa da pandemia ou por não ter trabalho na localidade em que moram -o que também pode estar ligado à Covid-19.

Outras 10,9 milhões de pessoas estavam desempregadas no período e não encontraram ocupação. Assim, no total, cerca de 28,6 milhões de pessoas tiveram acesso restrito ao mercado de trabalho durante o mês de maio.

No fim de maio, o IBGE já havia divulgado na Pnad Contínua que a pandemia do novo coronavírus contribuiu para que 4,9 milhões de posto de trabalho fossem perdidos no Brasil no trimestre encerrado em abril, um recorde na série histórica. Desse total, 3,7 milhões postos de trabalho informais foram perdidos.

Segundo a Pnad Covid divulgada nesta terça, o contingente de informais caiu ao longo do mês, indo de 35,7% na primeira semana do mês para 34,5% na última, com redução de 870 mil postos informais no período.

Segundo Cimar Azeredo, diretor de pesquisas do IBGE, a informalidade funciona como um amortecedor para as pessoas que vão para o desemprego ou para a subutilização.
"O trabalho informal seria uma forma de resgate do emprego, portanto não podemos dizer que essa queda é positiva", afirmou Azeredo.
De acordo com o IBGE, como a pesquisa é inédita, é necessário aguardar os próximos resultados para avaliar com mais precisão o impacto da pandemia entre os informais.

Outros dois indicadores divulgados pelo IBGE em junho mostram os impactos da pandemia na economia brasileira. A indústria teve queda de 18,8% na comparação com março, e 27,2% se analisado o mesmo período do ano passado. Já o comércio recuou 16,8% nos dois níveis de análise. Os números, tanto no setor industrial quanto no varejo, são recordes negativos.

Um dos setores que mais sentiu o distanciamento social foi o da indústria têxtil, com queda de 28,5% na produção industrial e 60,6% do comércio de vestuário, tecidos e calçados. 
Segundo Fernando Pimentel, presidente da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), mais da metade das empresas do setor demitiram durante a pandemia.
Segundo ele, se não fosse a MP (Medida Provisória) 936, que autoriza o corte de salários e jornadas de trabalhadores, o número de demissões teria sido bem maior.

"A economia despencou. Se não tivessem essas medidas, mais empregos teriam sido perdidos. A redução de quadros foi de até 20% do contingente e englobou cerca de 60% das empresas", disse Pimentel.

Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, apontou que a flexibilização nas medidas restritivas, que vem ocorrendo em alguns estados neste mês de junho, vai ajudar a economia a se recuperar e novos postos de trabalho surgirem.

"Hoje, consigo enxergar uma recuperação. A economia vai reabrir de maneira gradativa e vamos sentindo com mais intensidade em junho e assim por diante", apontou o economista, fazendo ressalvas que a melhora vai depender também da evolução da pandemia, já que novas medidas restritivas podem frear a retomada.

A Pnad Covid foi divulgada pela primeira vez pelo IBGE, em parceria com o Ministério da Saúde, e mobilizou dois mil agentes, que vão ligar a 193,6 mil domicílios em 3.364 cidades em todo o país.

O primeiro caso conhecido de Covid-19 ocorreu em 25 de fevereiro. No mês seguinte, março, o país começou a sentir os efeitos econômicos do novo coronavírus, com fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de evitar avanço da pandemia.

Por Folha de Pernambuco

quinta-feira, 28 de maio de 2020

País fecha 763 mil vagas de trabalho

Foto: Divulgação
Caged mostra que na só na pandemia, em março e abril, o saldo de empregos foi negativo em 1,1 milhão

Impactado pela crise do novo coronavírus, o mercado de trabalho brasileiro perdeu 763 mil vagas com carteira assinada entre janeiro e abril deste ano. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que foram divulgados nesta quarta-feira e retratam perdas de empregos muito por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

No mês de abril, as demissões superaram as contratações com carteira assinada em 860.503 postos de trabalho. Foram 1.459.099 desligamentos e 598.596 contratações. O saldo do mês passado foi o pior da série histórica iniciada em 1992.

Enquanto as demissões tiveram um incremento de 17,2%, as admissões caíram 56,5% na comparação com abril de 2019. Em valores nominais, São Paulo teve o pior desempenho, com saldo negativo (mais demissões do que contratações) de 260.902. O estado é seguido por Minas Gerais com 88.298 demissões (descontadas as contratações); Rio de Janeiro, 83.626, e Rio Grande do Sul, 74.686.

Em Pernambuco, nos quatro primeiros meses deste ano foram registradas 105.763 admissões e 159.313 desligamentos - um saldo negativo de 53.550 vagas. Só em abril foram 13.247 admissões, 38.212 desligamentos e um saldo negativo de 24.965 vagas.

Entre as regiões brasileiras, o Nordeste apresentou 592.704 admissões, 782.785 demissões e saldo de -90.081 vagas de janeiro a abril. Já o Sudeste, apresentou o maior número de vagas fechadas: 448.603, com 2.630.912 admissões e 3.079.515 demissões.

O fechamento de postos neste ano foi intensificado após a pandemia. Em janeiro e fevereiro, antes da crise de saúde pública, o País criou 338 mil vagas. Em março e abril, já sob efeito de medidas restritivas nas cidades, com fechamento de comércio e empresas, o saldo de empregos foi negativo em 1,1 milhão.

De janeiro a abril de 2020, as admissões caíram 9,6% e as demissões subiram 10,5% no período, comparado ao primeiro quadrimestre do ano passado. O salário médio real de admissão no Brasil passou de R$ 1.496,92 em abril de 2019 para R$ 1.814,62 no mês passado.

A estatística do Caged, que era feita de forma mensal, estava suspensa desde o início do ano, após mudanças de metodologia e dificuldades do Governo Federal em receber dados das empresas por conta da pandemia do coronavírus. Até então, o Brasil não tinha informações sobre o emprego formal. O último dado do Cadastro que foi disponibilizado era relativo ao mês de dezembro de 2019.

Da Folha de PE

terça-feira, 19 de maio de 2020

Trabalhadores sentem-se inseguros no cenário pós-pandemia

Agência Brasil
Além de avivar temores relativos à saúde, a pandemia da covid-19 aumentou a insegurança quanto à esfera profissional. De acordo com sondagem produzida pela consultoria de recrutamento Talenses Group, em parceria com a Fundação Dom Cabral, quase metade (47,6%) das pessoas sente medo do cenário pós-pandemia, em relação ao mercado de trabalho.

O levantamento considerou as avaliações de 1.294 trabalhadores, ouvidos em abril. Em novembro de 2019, quando a abrangência era de 778 entrevistados e a covid-19 ainda não afetava todo o globo, a proporção daqueles que manifestaram apreensão quanto ao futuro profissional era de 19,4%. Apesar do receio do porvir, 83,2% dos entrevistados da pesquisa mais recente julgam estar preparados para enfrentar os desafios que poderão surgir pelo caminho. No ano passado, a taxa era de 74,6%.

A pesquisa quis saber se os profissionais têm se capacitado para incorporar novos modelos de trabalho. Em novembro, a parcela que respondeu que sim chegou a 81,7% em 2019 e a 80,7% neste ano. Outro aspecto revelado diz respeito à compreensão que os profissionais têm, especificamente quanto ao ramo em que estão empregados. Em ambos os levantamentos, a maioria acredita que seu setor será "altamente impactado" por reestruturações em curto ou médio prazo. Em novembro de 2019, a porcentagem era de 79% e, em abril deste ano, de 73%.

 Em ambas as sondagens, predomina o entendimento de que as transformações no âmbito profissional chegarão rapidamente, em curto ou médio prazo. Nessa questão, o índice subiu de 82,2% para 95,4%. Tendo em vista que a condição de pandemia foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) somente em 11 de março deste ano, uma série de perguntas consta apenas do levantamento mais recente. Na primeira delas, aborda-se a percepção quanto ao uso de recursos tecnológicos para se acelerar a retomada da economia. Quase a totalidade (92,8%) dos entrevistados respondeu afirmativamente.

Dia a dia nas organizações
A empresa de consultoria também estimulou os participantes a refletir sobre a rotina das organizações. O que se nota é que parte significativa das pessoas ouvidas vislumbra uma forte digitalização dos processos. No total, 87,4% dos entrevistados julgam que a pandemia estimulou empregadores a utilizar tecnologia para realizar novas contratações de funcionários, promovendo, assim, uma "quebra de paradigma".

Além disso, 95,6% consideram que o fenômeno se configura por outro fator: a incorporação de tecnologia que viabiliza procedimentos como o home office. O palpite de 75,1% é de que novas profissões surgirão ao término da pandemia. De acordo com a pesquisa, 69,4% dos respondentes concordam com a assertiva de que as práticas nas empresas voltarão a ser como antes, mas que incluirão processos digitais, de forma permanente. Para 30,1%, todos os recursos digitais aplicados antes da pandemia serão mantidos, e somente 0,46% imagina que não existirá nenhuma inovação digital.

Perfil de funcionários
Com foco na digitalização em curso, os entrevistados que informaram serem responsáveis também pela seleção de funcionários elencaram, cada um, duas competências técnicas que presumem que sejam mais demandadas após a pandemia.

Na primeira lista, de novembro, destacavam-se habilidades técnicas, específicas de sua área de atuação (91,4%); inglês avançado ou fluente (48,7%); e habilidades com pacote Office - pacote de programas com várias funcionalidades, como editor de textos e planilhas, da Microsoft (27,3%).

Quando o contexto da pandemia é levado em conta, a primeira posição é ocupada pelas habilidades digitais (78,2%), que inicialmente eram destacadas por 26,3% dos entrevistados apenas; seguidas de habilidades técnicas, específicas de sua área de atuação (75,2%); e inglês avançado ou fluente (29,1%). Já no grupo de competências comportamentais, a avaliação que fazem é de que a proatividade, que concentrava 72,1% das indicações, ficando no topo da lista, perderá relevância após a pandemia. Continue lendo, clique AQUI!

segunda-feira, 18 de maio de 2020

1,1 milhão de brasileiros deixam a força de trabalho no 1º trimestre

Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco
Esse é o segundo maior número registrado nas estatísticas da pesquisa trimestral de emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

No primeiro trimestre de 2020, 1,1 milhão de brasileiros deixaram a força de trabalho. Esse é o segundo maior número registrado nas estatísticas da pesquisa trimestral de emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Pnad Contínua, atrás apenas da redução de 1,2 milhão registrada no segundo trimestre 2012 em relação aos três meses anteriores.

São consideradas fora da força de trabalho as pessoas que não possuíam emprego e não procuraram trabalho nos 30 dias anteriores ao período da pesquisa -ou procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar na semana de referência do levantamento.

Nos três primeiros meses do ano, 67,3 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade estavam nessa condição, número recorde. Já a força de trabalho era composta por 105,1 milhões de pessoas.

Como o desemprego é medido pelo número de pessoas desocupadas em relação ao tamanho de força de trabalho, a redução deste último grupo contribui para amenizar o aumento na taxa de desempregados no país, que estava em 12,2% no primeiro trimestre deste ano.

Na avaliação de especialistas em mercado de trabalho, esse é um fenômeno que deve se acentuar com a pandemia de coronavírus. Como as pessoas estão em distanciamento social, a tendência é que muitos desempregados não procurem emprego. Além da procura, o IBGE pergunta se o entrevistado estava pronto para iniciar um novo trabalho. O distanciamento social faz com que muitas pessoas não estejam disponíveis.

Para a pesquisadora Maria Andreia Lameiras, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a redução na força de trabalho deve se acentuar nos próximos meses, ao mesmo tempo em que mais trabalhadores perderão o emprego ou, no caso dos informais e daqueles que trabalham por conta própria, não terão como seguir trabalhando.

O encolhimento do contingente de pessoas que estão trabalhando ou buscando deve ocorrer por uma combinação de fatores, segundo a pesquisadora, e ainda deve passar por uma aceleração.

"O medo da contaminação vai fazer com que muita gente não procure trabalho, e isso aparecerá com mais força na pesquisa de abril, já que o distanciamento começou mesmo na segunda quinzena de março. Antes disso, o confinamento foi mais voluntário."

Além do medo do novo coronavírus, Maria Lameira diz que o fato de muitas empresas estarem fechadas também inviabiliza a entrega de currículos e a busca por vagas feita de maneira mais tradicional. Continue lendo, clique AQUI!

terça-feira, 12 de maio de 2020

Programa de redução de salário preserva mais de 7 milhões de empregos

Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil
Empresas de menor porte têm usado mais programa do governo

O programa de redução temporária de salários e de suspensão de contratos de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19) ajudou a preservar 7.206.915 de empregos, divulgou hoje (12) a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Segundo o órgão, os valores a serem pagos de complementação de renda totalizam R$ 12,73 bilhões.

Os números referem-se até as 14 h de hoje. Segundo o Ministério da Economia, 569 mil empregadores aderiram ao programa, a maioria empresas de pequeno porte.

Segundo as estatísticas disponíveis no site criado pelo ministério para divulgar as informações sobre o programa, 52% dos acordos (3.757.862) referem-se a trabalhadores de micro e de pequenas empresas, que faturam até R$ 4,8 milhões por ano. As médias e grandes empresas, com faturamento superior a esse valor, respondem por 44% dos acordos (3.143.775). Os empregados domésticos e trabalhadores intermitentes totalizam 4% dos acordos (305.278).

Os acordos de suspensão de contratos representam 54,9% do total, o que equivale a 3.956.915 empregos. Em relação aos casos de redução de jornada, 17,2% dos acordos (1.239.084) estabelecem redução de 50% dos salários com o recebimento de 50% do seguro-desemprego, e 13,4% dos acordos (964.073) foram fechados para reduzir o salário em 25% com a complementação de 25% do seguro-desemprego.

Um total de 12,2% (879.774) dos acordos preveem a redução de 70% dos salários com o pagamento de 70% de seguro-desemprego. Os casos de trabalhadores intermitentes, que recebem R$ 600 por três meses quando o contrato estiver “inativo”, correspondem a 2,3%, o equivalente a 167.069 empregados.

Estados
Segundo as estatísticas do Ministério da Economia, os estados que registraram o maior número de benefícios emergenciais foram São Paulo (33,3%), Rio de Janeiro (10,1%), Minas Gerais (9,5%), Rio Grande do Sul (5,6%) e Paraná (5,4%). A pasta prevê que o programa preservará até 8,5 milhões de empregos em todo o país e custará R$ 51,2 bilhões nos próximos três meses.

Equivalente a uma parte do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se fosse demitido sem justa causa, o benefício emergencial (BEm) é concedido a trabalhadores que tiverem jornada reduzida ou contrato suspenso, conforme a Medida Provisória 936. Nos acordos individuais, o percentual do seguro-desemprego equivale à redução salarial proposta pelo empregador. Os trabalhadores intermitentes recebem uma ajuda de R$ 600.

Da Agência Brasil

terça-feira, 14 de abril de 2020

Um milhão de trabalhadores já tiveram salário e jornada reduzidos após MP

Carteira de trabalhoFoto: Divulgação
Há diferenças nas opções de redução salarial e corte de jornadas para acordos individuais e acordos coletivos

O governo anunciou, nesta segunda-feira (13), que mais de um milhão de trabalhadores tiveram salários e jornadas reduzidos ou contratos suspensos após a edição de MP (Medida Provisória) que autoriza a celebração de acordos entre patrões e trabalhadores durante a pandemia do novo coronavírus.

Segundo o IBGE, o Brasil tinha 33,624 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado no trimestre encerrado em fevereiro. A informação é do secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco. O dado inclui acordos individuais e também acordos coletivos de categorias feitos com intermediação de sindicatos.

"Nesse período, os empresários, confiantes na medida, e os empregados também se uniram e chegaram aos seus acordos individuais e coletivos. Podemos dizer que essa medida provisória já tem frutos, e os frutos são mais de um milhão de empregos preservados", disse.

No dia 1º de abril, o presidente Jair Bolsonaro editou uma MP (Medida Provisória) que autoriza corte salários e jornadas de trabalhadores durante a crise provocada pelo novo coronavírus. As reduções poderão ser feitas em qualquer percentual, podendo chegar a 100%.

Trabalhadores afetados receberão uma compensação do governo que pode chegar a 100% do que receberiam de seguro-desemprego em caso de demissão. Nas contas do governo, a suspensão dos contratos ou redução de salário e jornada deve alcançar 24,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada - o Brasil tinha 33,624 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado no trimestre encerrado em fevereiro. O custo total do programa aos cofres públicos é estimado em R$ 51,2 bilhões.

Por acordo individual, o empregador pode fazer cortes de jornadas e salários em 25%, 50% ou 70% por até três meses, a depender da faixa de renda do trabalhador. Nos acordos coletivos, é permitida redução em qualquer percentual. O governo pagará a esses trabalhadores uma proporção do valor do seguro-desemprego equivalente ao percentual do corte de salário. A compensação será de 25%, 50% ou 70% do seguro-desemprego, que varia de R$ 1.045 a R$ 1.813,03.

A suspensão de contratos, por sua vez, pode ser feita por até dois meses. Nesse caso, o empregado recebe valor integral do seguro-desemprego.O secretário disse que os dados serão atualizados periodicamente. Um site do governo trará uma espécie de "empregômetro", quantificando o número de acordos firmados.

Nesta segunda-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu nova decisão em que esclarece que acordos individuais de empresas para cortar salários e jornadas de trabalhadores têm efeito imediato, independentemente de posterior manifestação sindical.

Na última segunda-feira (6), o magistrado havia decidido que os sindicatos deveriam ser comunicados do acordo e poderiam iniciar negociação coletiva caso preferissem. O magistrado manteve o entendimento de que a entidade de classe pode iniciar tratativa coletiva após comunicada, mas esclareceu que o acordo individual passa a valer assim que for assinado.

"Esclareço, para afastar quaisquer dúvidas, e sem que tal implique em modificação da decisão embargada, que são válidos e legítimos os acordos individuais celebrados na forma da MP 936/2020, os quais produzem efeitos imediatos", afirmou Lewandowski.

O texto original da MP previa a comunicação do acordo para a respectiva entidade de classe em dez dias, mas não dava poder para a tratativa ser barrada ou alterada. Lewandowski decidiu na semana passada que os sindicatos poderiam deflagrar negociação coletiva, mas não deixava claro os efeitos do acordo individual.

A decisão desta semana foi tomada após recurso da AGU (Advocacia-Geral da União). O ministro rejeitou o recurso, mas esclareceu pontos do despacho anterior que deixavam margem para interpretações diversas. Especialistas e membros do governo chegaram a avaliar que a primeira decisão do ministro travaria a validade imediata do acordo individual, exigindo o aval de sindicatos. O entendimento desta segunda aliviou o governo.

"Esta decisão traz segurança jurídica à matéria e garante o direito do trabalhador, o emprego e a sobrevivência de milhares de empresas. Vitória do país", afirmou o advogado-geral da União, André Mendonça, responsável pela defesa jurídica do governo.

Por: Folhapress

domingo, 12 de abril de 2020

Estudo aponta que pandemia pode até dobrar o desemprego

DesempregoFoto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco
A crise do coronavírus deixará até 12,6 milhões desempregados e provocará contração recorde de quase 15% na renda dos trabalhadores, caso o governo não amplie os instrumentos de transferência de renda à população e de ajuda a empresas para que mantenham empregos.

Os números constam de um estudo dos pesquisadores do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) Silvia Matos, Luana Miranda, Livio Ribeiro, Vilma Pinto, Paulo Peruchetti e Tiago Martins.

Mesmo com as medidas já anunciadas para garantir renda extra a trabalhadores formais e informais, que somam R$ 170 bilhões, a massa salarial deve cair 5,2%, retração recorde da série iniciada em 2003. Sem essas medidas, a queda seria de 10,3%.
No cenário considerado mais factível pelos pesquisadores, há retração de 3,4% no PIB (Produto Interno Bruto) e de 6,7% nas horas trabalhadas e na população ocupada –com a perda de cerca de 6 milhões de empregos. O desemprego terminaria o ano no patamar recorde de 17,8%.

No trimestre encerrado em fevereiro, antes do início da crise, a taxa estava em 11,6%.
O cenário mais pessimista mantém a expectativa para a maior parte dos setores, mas sinaliza uma piora mais profunda no setor de serviços.

Nesse caso, a massa salarial cai 13,8%, mesmo considerando as medidas já anunciadas pelo governo, com redução de 13,5% na população ocupada e nas horas trabalhadas de todos os setores, número compatível com uma retração do PIB de 7%. A taxa de desemprego iria para 23,8% –seriam 12,6 milhões de novos desempregados no país.
Ou seja, mais que o dobro do registrado antes da pandemia.

Nos dois cenários, o encolhimento da população ocupada é recorde para a série elaborada com dados a partir de 1982. Os piores resultados anteriores foram as retrações de cerca de 2% em 1990 e 2016.

De acordo com a pesquisadora Silvia Matos, a queda do PIB de 3,4% é praticamente a mesma registrada em 2015 e 2016, mas a destruição de empregos, no Brasil e em outros países, não será comparável a nenhuma outra recessão dos últimos 40 anos.

"Há uma discrepância entre PIB e emprego como nunca vimos. Estou menos preocupada com PIB e mais preocupada com renda. O choque de emprego não tem como evitar. Já observamos em outros países. A questão é dar compensação de renda para amenizar esse choque severo."

"A gente já passou por quedas de PIB similares, mas a destruição de renda será muito maior. Vai ter de compensar isso, porque não tem como as pessoas procurarem emprego", diz ela.

A pesquisadora diz que a população ocupada no setor de serviços cresceu praticamente em todos os anos considerando a série histórica iniciada em 1995, exceto em 2016, quando ficou estável, pois a informalidade ajudou a compensar a perda de vagas formais em outras crises. Desta vez, porém, o informal tende a sofrer mais que o formal.

"No período recessivo recente aumentou a informalidade, houve uma válvula de escape para garantir emprego. Neste momento, a natureza do choque não permite isso. Não tem muito o que fazer para preservar esses empregos. Tem de preservar a renda."

A lista de medidas anunciadas pelo governo nesse sentido, utilizada pelos pesquisadores para calcular o quanto isso irá minimizar o impacto na renda, são o auxílio financeiro para trabalhadores informais (coronavoucher), a ampliação do Bolsa Família, o programa antidesemprego (redução proporcional de salários e jornada de trabalho) e as transferências do PIS/Pasep para o FGTS.

Na análise do impacto por trimestre foi incluída ainda a antecipação em alguns meses de pagamentos do 13º do INSS e do abono salarial, de quase R$ 60 bilhões.

Segundo a pesquisadora Vilma Pinto, o auxílio para informais de R$ 600 é inferior à renda média do trabalhador sem carteira, de R$ 1.464 pelos dados do IBGE. No caso dos formais, o programa antidesemprego prevê compensação até o valor do seguro-desemprego, que não chega a R$ 2.000, abaixo da média dos salários com carteira (R$ 2.881). Continue lendo, clique AQUI.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Pandemia | Cinco milhões podem entrar na fila do desemprego em apenas três meses

Cálculo do Ibre aponta que a taxa subirá de 11,6% para
16,1% no segundo trimestre. (Foto: Marcello Casal/Agência Brasil.)
O garçom José Roberto Lima, de 28 anos, não sabe se terá emprego depois de amanhã. É que o restaurante em que ele trabalha já demitiu 10 pessoas e antecipou as férias de vários outros empregados desde o início da pandemia do novo coronavírus. E, ainda assim, convocou para amanhã uma nova reunião de funcionários. “A gente não pode ficar parado, mas, com a doença, não tem jeito. Não pode se arriscar”, diz o garçom, que admite estar com medo de ser demitido.

O jovem trabalhador de Sol Nascente, contudo, não é o único brasileiro que está preocupado em perder o emprego. Afinal, a Covid-19 abalou o sistema de saúde, mas também bateu forte na economia brasileira. Economistas calculam que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional pode cair até 4,4% neste ano. E lembram que esse baque vai afetar diretamente o mercado de trabalho brasileiro, que já não andava bem. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) calcula que a taxa de desemprego do Brasil pode pular dos atuais 11,6% para 16,1% já neste trimestre. Isso significa que 5 milhões de pessoas podem entrar na fila do desemprego em apenas três meses, elevando de 12,3 milhões para 17 milhões o número de pessoas sem trabalho no Brasil.

Se confirmada, essa previsão levará o mercado de trabalho brasileiro ao pior momento da série histórica, pois, nem no auge da recessçai de 2015 e 2016 tanta gente ficou sem emprego. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recorde foi registrado em março de 2017, quando a taxa de desocupação bateu 13,7%, com 14,1 milhões de brasileiros sem trabalho. “É de se esperar que tenhamos a maior taxa de desemprego da história, porque, por mais que o governo tente ajudar e que haja uma expansão do crédito, nem todas as empresas conseguirão manter suas atividades nesse quadro de paralisia da economia. Há muitos custos fixos para as empresas”, explica o pesquisador da área de Economia Aplicada do Ibre, Daniel Duque.

Empresários admitem que a perda de receita causada por esse momento de pandemia vai levar ao fechamento de inúmeros postos de trabalho, mesmo depois das medidas de socorro anunciadas pelo governo federal. Afinal, milhões de negócios precisaram fechar as portas por conta da necessidade de isolamento social e, por isso, tiveram uma queda de quase 100% da receita. Alguns dizem que as demissões já começaram. O setor de bares e restaurantes, justamente o que José Roberto trabalha, por exemplo, calcula 150 mil desligamentos no país. Mas analistas alertam que é só o começo.

O Ibre calcula que a taxa de desemprego brasileira, que já subiu de 11,2% para 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, antes da pandemia, pode subir para 12,9% em março, diante do primeiro choque da crise do coronavírus. Isso elevaria de 12,3 milhões para 13,6 milhões o número de desempregados em apenas um mês. Mas, como a paralisação de boa parte dos negócios brasileiros vai se estender por abril, o Ibre calcula a taxa em 16,1% no segundo trimestre, com 17 milhões de desempregados.

Passada a necessidade de isolamento social, o instituto acredita que haverá certo nível de recontratações. Por isso, espera que a taxa de desemprego caia para 15,7% no terceiro trimestre e para 14,7% no fim do ano. A projeção coincide com os cálculos de outras instituições financeiras. 

Medidas são insuficientes
Mesmo que a retomada das atividades econômicas ocorra no segundo semestre, cerca de 15,5 milhões de pessoas devem acabar o ano sem emprego no Brasil. Serão 3,2 milhões de desempregados a mais do que havia antes da pandemia. As projeções são da XP Investimentos e da ModalMais. Isso mostra que as medidas anunciadas pelo governo serão insuficientes para reduzir o baque da Covid-19 na economia. 

“É um aumento mais rápido do que o da crise de 2015, porque essa retração foi muito mais abrupta e isso impeliu as empresas a tomarem uma decisão no curto prazo. Se, em 2015 e 2016, o PIB caiu 3,5% por ano e a taxa de desemprego subiu três pontos percentuais, é razoável pensar que, se houver uma retração de 2% do PIB neste ano, o desemprego suba três pontos percentuais”, explica o economista sênior da XP, Marcos Ross. Ele lembra que essa retração de 2% do PIB ainda pode estar subestimada, o que pode fazer com que o crescimento do desemprego seja ainda maior do que os 14% estimados para o fim deste ano. “É uma taxa histórica grave”, admite.

“Nunca vivenciamos um período de parada abrupta da economia a nível global como este. Então, as projeções ganham um grau de incerteza muito grande. Mas é certo que nós vamos vivenciar um período de crise na economia real e o ajuste disso vai ser, em parte, via desemprego”, reconhece o estrategista-chefe do banco digital ModalMais, Felipe Sichel.

Ele explica que o mercado de trabalho vai sofrer um “choque severo” e uma “rápida deterioração” porque, nesse cenário de fechamento dos negócios, muitas empresas não terão caixa para se sustentar durante todo o período necessário de isolamento social. “As empresas, sobretudo as pequenas, que têm menos capacidade de caixa, infelizmente vão começar um processo de redução de custo. E, dado que o grande componente do custo das empresas, cerca de 45%, é folha, haverá demissão.” 

Pequenas mais afetadas
Um dos segmentos mais impactados pela crise da Covid-19 deve ser o das micro e pequenas empresas, responsável por 55% dos empregos do país. O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles, admite que a situação não é fácil nos negócios de menor porte, apesar não estimar qual será o impacto no nível de empregos. “Não temos valores, mas sabemos que 100% das micro e pequenas empresas estão sendo afetadas pela pandemia, em maior ou menor escala. Além disso, pesquisa realizada pelo Sebrae mostra que 89% já observaram queda no faturamento em março”, revela Melles. A  redução nas receitas das empresas chegou a 69%, acrescenta.

Responsável por outra parcela importante dos empregos brasileiros, o setor de comércio e serviços também prevê perdas. “O comércio vem sofrendo bastante com essa pandemia, porque depende das pessoas que estão na rua para consumir. E vai ser difícil o setor se recuperar depois, porque até as pessoas que vinham motivadas a consumir, por conta dos juros baixos e do estímulo ao crédito, podem ficar mais receosas depois disso, sobretudo as autônomas, sem saber como vai ser o futuro”, afirma a economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Catarina Carneiro da Silva. Segundo ela, a perda de receita chegou a R$ 25,3 bilhões nas quatro unidades da federação, que correspondem a 52% do comércio nacional: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal.

Catarina diz que os comerciantes devem fazer uso da maior parte dos mecanismos disponíveis para tentar evitar um número grande de demissões. Recentemente, por sinal, o governo anunciou medidas que, segundo os cálculos do Ministério da Economia, poderiam evitar a demissão de 12 milhões de brasileiros. Entre elas, estão a possibilidade de as empresas suspenderem os contratos e reduzirem os salários dos seus funcionários nesses meses de pandemia e a criação de uma linha de crédito que vai financiar os salários pagos pelas pequenas e médias empresas por dois meses. Mas especialistas dizem que essas medidas não vão evitar a alta do desemprego, apenas amenizar o impacto. Continue lendo, clique AQUI!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Informalidade atinge recorde em Pernambuco e em outros 19 estados, diz IBGE

Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco
A taxa de informalidade no mercado de trabalho brasileiro atingiu 41,1%, seu maior nível desde 2016; Em PE, 48,8% da população ocupada na informalidade

A taxa de informalidade no mercado de trabalho brasileiro atingiu 41,1%, seu maior nível desde 2016, e bateu recorde em 20 unidades federativas do país, informou nesta sexta-feira (14) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com 48,8% da população ocupada na informalidade, Pernambuco está entre os estados recordistas. Em 2018, a pesquisa indicou que o índice no estado era de 48,2%. 

O desemprego também caiu em 16 unidades federativas, mas a analista da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), Adriana Beringuy, viu relação entre o aumento da população empregada com a alta na informalidade. "Em praticamente todo o país, quem tem sustentado o crescimento da ocupação é a informalidade", disse Adriana.

A analista explicou que em vários estados se observa que a taxa de informalidade é superior ao crescimento da população ocupada. "No Brasil, do acréscimo de 1,819 milhão de pessoas ocupadas, um milhão é de pessoas na condição de trabalhador informal", apontou a analista.

São considerados informais os trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.

Segundo os dados da Pnad, a informalidade atingiu recordes em Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

Já a média de desocupação teve queda em 16 unidades federativas, acompanhando o número nacional que caiu de 12,3% em 2018 para 11,9% no ano passado. A população ocupada aumentou 2% no Brasil, totalizando 93,4 milhões de trabalhadores em 2019.

Da Folha de PE

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Número de jovens que não estudam nem trabalham aumentou em 2018

Desalento é maior entre jovens, mulheres, nordestinos e pouco escolarizadosFoto: Divulgação
Entre os jovens de 18 e 24 anos, a incidência chega a 27,9% e nos jovens adultos, de 25 a 29 anos, a taxa de nem-nem é de 25,9%

Em 2018, 23% dos jovens de 15 a 29 anos - 10,9 milhões - não estudavam, nem trabalhavam, os chamados nem-nem. Foi o maior índice da série histórica. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2019, que analisa as condições de vida da população brasileira.

Entre os jovens de 18 e 24 anos, a incidência chega a 27,9% e nos jovens adultos, de 25 a 29 anos, a taxa de nem-nem é de 25,9%. Segundo o IBGE, o fenômeno é fortemente influenciado pela interrupção dos estudos. Os dados mostram que dos jovens de18 a 24 anos nessa condição, 46,6% não tinham concluído o ensino fundamental e 27,7% terminaram apenas essa etapa. Na faixa entre 25 e 29 anos, a proporção é de 44,1% e 31,2%, respectivamente. Dos jovens que concluíram o ensino médio, há mais nem-nem entre quem fez ensino regular do que entre os que concluíram o ensino técnico.

O gerente da pesquisa, André Simões, explica que o fenômeno dos jovens que não estudam e não estão ocupados é estrutural. “É um segmento estrutural, porque tem fatores que dependem de políticas específicas para que haja redução. Por exemplo, há um percentual elevado de mulheres, mulheres com filhos e também mulheres que realizam afazeres e cuidados domésticos que impedem que elas possam ir para o mercado de trabalho”.

Se entre os homens de 25 a 29 anos nessa condição 51,5% estavam desocupados, ou seja, buscavam trabalho, entre as mulheres na mesma idade a maior proporção está fora da força de trabalho, com 67,7% delas sem procurar trabalho. Segundo o IBGE, entre as justificativas apresentadas para não procurar ocupação remunerada estão os afazeres domésticos e o cuidado de filhos ou parentes.

Os dados do IBGE revelam que 2,4 milhões de jovens estão na situação de não estudar, não estar ocupado e não procurar trabalho. Entre esses, 57,4% estavam em desalento, provocado principalmente por falta de trabalho na localidade (39,6%), não conseguir emprego considerado adequado (10,7%) ou não ter experiência ou qualificação profissional (6,1%).

O recorte por rendimento demonstra a desigualdade social também nesse quesito. Entre os jovens que integram os 20% da população com menores rendimentos domiciliares per capita, 42,3% estavam na situação nem-nem em 2018; de 20% a 40% eram 29,2%; entre 40% e 60% somavam 18,3%; com rendimento de 60% a 80%, 10,1% dos jovens estavam nessa situação; e entre os 20% com os maiores rendimento a proporção é de 7%.

A taxa de desocupação geral no país em 2018 estava em 12%, mas no grupo de 14 a 29 anos chegou a 22,6% em 2017 e fechou 2018 em 22,3%.

Da Agência Brasil 

sábado, 5 de outubro de 2019

Medo do desemprego cai e satisfação com a vida aumenta, diz pesquisa

Wilson Dias/Agência Brasil
Depois de dois aumentos consecutivos, o Índice de Medo do Desemprego caiu 1,1 ponto em relação a junho e ficou em 58,2 pontos em setembro. Com isso, o indicador está 7,5 pontos abaixo do registrado em setembro do ano passado.

Mesmo assim, continua acima da média histórica, que é de 50,1 pontos. As informações são de pesquisa divulgada hoje (3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador varia de zero a cem pontos. Quanto mais alto o índice, maior é o medo do desemprego.

A maior queda no medo do desemprego foi verificada entre as pessoas com menor escolaridade e renda. Entre os que têm até a quarta série do ensino fundamental, o indicador caiu 5,4 pontos e saiu de 65,1 pontos em junho para 59,7 em setembro. Entre os que recebem até um salário mínimo, o medo do desemprego recuou 4 pontos, passando de 72,8 em junho para 68,8 em setembro.

O medo do desemprego é maior entre os moradores da região Nordeste, onde alcançou 69,7 pontos – a região foi a única a registrar aumento do medo do desemprego em setembro. O medo é menor no Sul, onde o indicador ficou em 47,7 pontos. No Sudeste, foi de 58,5 pontos e, no Norte/Centro-Oeste, de 49,3 pontos.

Satisfação com a vida
A pesquisa também mostra o grau de satisfação dos brasileiros com a vida. O índice de satisfação com a vida alcançou 69 pontos em setembro, 1,6 ponto acima do de junho.

O indicador, que é 3,1 pontos superior ao de setembro do ano passado, também está abaixo da média histórica de 69,6 pontos.

A satisfação com a vida aumentou em todas as regiões do país. A satisfação com a vida é maior no Sul, onde alcançou 71 pontos. No Nordeste ficou em 68,1 pontos, no Sudeste foi de 68,8 pontos e, no Norte/Centro-Oeste, de 68,6 pontos.

Esta edição da pesquisa trimestral ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 19 e 22 de setembro.

Da Agência Brasil

quarta-feira, 31 de julho de 2019

Pequenos negócios sustentam geração de emprego pelo quinto mês no país

Carteira de TrabalhoFoto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O número de empregos criados pelas micro e pequenas empresas em junho registrou o melhor resultado para o mês nos últimos cinco anos

A geração de empregos com carteira assinada em junho veio dos pequenos negócios, pela quinta vez seguida neste ano. A análise feita pelo Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia, mostra que foram criados 52,7 mil postos de trabalho no segmento. O número de empregos criados pelas micro e pequenas empresas em junho registrou o melhor resultado para o mês nos últimos cinco anos.

Segundo o levantamento, as médias e grandes corporações, pela segunda vez consecutiva, mais demitiram do que contrataram, registrando saldo negativo de 4,8 mil empregos. Ao se agregar o resultado da Administração Pública a esses saldo, no total foram gerados no país 48.436 postos de trabalho no país.

No primeiro semestre de 2019, os pequenos negócios respondem por 387,3 mil empregos, 70 vezes maior que o saldo de empregos gerados pelas médias e grandes empresas (5,5 mil).

Enquanto as micro e pequenas empresas registraram pequeno crescimento na geração de empregos no primeiro semestre, as médias e grandes tiveram redução significativa no saldo. Na comparação com o período de janeiro a junho de 2018, as micro e pequenas empresas apresentaram crescimento de 0,8% na geração de emprego e as médias e grandes, saldo 80% menor. Continue lendo, clique AQUI!

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Medo do desemprego aumenta e satisfação com a vida diminui, diz CNI

DesempregoFoto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco
Pesquisa da Confederação Nacional da Industria indica queda na satisfação com a vida e índice do medo do desemprego acima da média histórica

O medo do desemprego aumentou e a satisfação com a vida diminuiu entre os brasileiros. É o que revela a pesquisa da Confederação Nacional da Industria (CNI), divulgada nesta quarta-feira (3). O índice do medo do desemprego cresceu 2,3 pontos em relação a abril e alcançou 59,3 pontos em junho.

O indicador está acima da média histórica, que é de 49,9 pontos, mas está 8,6 pontos menor do que o registrado em junho de 2018. Segundo a CNI, o medo do desemprego vem aumentando desde dezembro do ano passado, quando atingiu o valor mínimo nos últimos cinco anos.

Para a entidade, a situação está um pouco melhor do que há um ano, mas, ainda assim, há uma certa frustração com o mercado de trabalho que, na verdade, reflete o fraco desempenho da economia. Em nota, a CNI afirma que “para reverter essa situação, é preciso, fundamentalmente, que o Brasil volte a criar empregos”.

De acordo com a pesquisa, o medo é maior entre as pessoas com mais de 45 anos de idade e com menor grau de instrução. Entre os brasileiros que têm entre 45 e 54 anos, o índice do medo do desemprego subiu 7,1 pontos frente a abril e ficou em 60,1 pontos em junho. Entre as pessoas cujo grau de instrução vai até a quarta série do ensino fundamental, o medo do desemprego aumentou 6,1 pontos na comparação com abril e atingiu 65,1 pontos em junho.

Os dados mostram ainda que o medo do desemprego é maior no Nordeste, onde o índice alcançou 66 pontos em junho. Já a região Sul apresenta o menor índice, 47,9 pontos, abaixo da média nacional.

Satisfação com a vida

A frustração dos brasileiros nestes primeiros meses de 2019 também aparece no índice de satisfação com a vida. O indicador caiu 0,5 ponto na comparação com abril e ficou em 67,4 pontos em junho, abaixo da média histórica de 69,6 pontos. Mesmo assim, está 2,6 pontos acima do verificado em junho de 2018.

A queda na satisfação com a vida é maior entre as pessoas que têm curso superior. Nesse estrato da população, o índice caiu de 71,4 pontos em abril para 68,6 pontos em junho.

De acordo com a CNI, o acompanhamento dos índices de satisfação com a vida e de medo do desemprego antecipa o que vai ocorrer com o consumo das famílias. Pessoas menos satisfeitas com a vida e com medo de perder o emprego tendem a reduzir o consumo, o que aumenta as dificuldades de recuperação da economia.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 20 e 23 de junho.

Da Agência Brasil

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Depois de quatro anos em queda, carteira assinada volta a crescer

Carteira de trabalhoFoto: Arthur de Souza/Folha de Pernambuco

No período foram gerados 480 mil postos de trabalho formais, diz IBGE

Depois de 16 trimestres (quatro anos) seguidos de queda, o emprego no setor privado com carteira de trabalho assinada voltou a crescer. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), o indicador cresceu 1,5% no trimestre encerrado em abril deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram gerados 480 mil postos de trabalho formais no período, totalizando 33,1 milhões de trabalhadores nessa situação.“O aumento reflete o início de um quadro favorável. É a primeira vez que a categoria carteira de trabalho respira desde o início da crise em 2014”, disse o pesquisador do IBGE Cimar Azeredo.

Azeredo explica que a alta foi puxada pelos setores de educação e saúde, de trabalhadores de baixo nível educacional da mineração, da construção, do transporte e dos profissionais liberais.

Apesar da alta dos empregos com carteira de trabalho assinada, houve também uma alta nos empregos informais, isto é, aqueles sem carteira. A alta foi 3,4%, ou seja, 368 mil pessoas a mais do que no trimestre encerrado em abril do ano passado. No total, 11,2 milhões de pessoas estavam nessa situação no trimestre encerrado em abril deste ano.

Apesar das altas na comparação com abril do ano passado, os dois tipos de trabalho (formal e informal) mostraram estabilidade em relação ao trimestre encerrado em janeiro deste ano.

O rendimento médio real habitual do trabalhador ficou em R$ 2.295, ficou estável tanto em relação ao trimestre encerrado em janeiro deste ano quanto na comparação com abril do ano passado. A massa de rendimento real habitual chegou a R$ 206,8 bilhões, estável em relação a janeiro, mas 2,8% superior a abril do ano passado.

Subutilização
A população fora da força de trabalho (65 milhões de pessoas) permaneceu estável em ambas as comparações temporais. A população subutilizada, isto é, aquelas pessoas que estão desempregados, que trabalham menos do que poderiam, que não procuraram emprego mas estavam disponíveis para trabalhar ou que procuraram emprego mas não estavam disponíveis para a vaga, é recorde para a série histórica (iniciada em 2012).

De acordo com o IBGE, a população subutilizada chegou a 28,4 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril deste ano, 3,9% a mais do que no trimestre encerrado em janeiro deste ano e 3,7% a mais do que em abril do ano passado.

A taxa de subutilização ficou em 24,9%, superior aos 24,2% de janeiro e aos 24,5% de abril do ano passado. O número de pessoas desalentadas, isto é, aquelas que desistiram de procurar emprego, chegou a 4,9 milhões, 4,3% a mais do que em janeiro e 4,2% a mais do que em abril de 2018.

Da Agência Brasil

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