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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Capiba, filho ilustre de Surubim, é um dos homenageados do Carnaval de Pernambuco 2025

O compositor Capiba (1904-1997), um dos maiores nomes do frevo, será um dos homenageados do Carnaval de Pernambuco 2025. O anúncio foi feito durante um encontro cultural realizado no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, na noite da última quarta-feira (19). Na ocasião, a viúva do músico, Dona Zezita Barbosa, esteve presente para receber a honraria. "Eu acho muito merecida essa homenagem, pois eu não quero que ninguém esqueça dele. Afinal de contas, como compositor, aqui pra nós, ele era muito bom", declarou Dona Zezita, emocionada. Atualmente, ela mora em Surubim, cidade onde nasceu Capiba, e é a guardiã de seu acervo e memória.


Além de Capiba, também serão homenageados no Carnaval 2025 o cantor Almir Rouche, a costureira do Maracatu Estrela de Ouro de Aliança, Dona Nira, e a líder do Pastoril Estrela de Belém e do Acorda Povo, Mestra Ana Lúcia. Os reverenciados receberam troféus das mãos da governadora Raquel Lyra e da vice Priscila Krause em reconhecimento às suas contribuições para a cultura pernambucana.


"Pernambuco respira cultura, e é ela que nos faz diferente de qualquer outro lugar do mundo. Estamos aqui levantando o nome de quem leva o nosso Estado para todos os cantos desse país. Para nós, é uma honra poder trabalhar junto com essas personalidades, estamos nos bastidores abrindo os palcos para que eles possam estar neles nos enchendo de orgulho", destacou a governadora Raquel Lyra.


O LEGADO DE CAPIBA


Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, nasceu em Surubim, em 1904, e faleceu em 1997. Com uma vida inteira dedicada à música, compôs mais de 200 canções e se consagrou como um dos maiores compositores de frevo do Brasil. Seu talento musical foi incentivado desde cedo pelo pai, Severino Atanásio de Souza Barbosa, maestro da banda municipal de Surubim.


Desde criança, Capiba demonstrava habilidades musicais impressionantes. Aos 8 anos, já tocava trompa, e, aos 10, começou a compor e a se aventurar por diversos instrumentos. Na adolescência, passou a se apresentar com a Banda Bacurau, em Campina Grande (PB), e aos 16 anos trabalhava como pianista no Cine Fox. Aos 27 anos, fundou a Jazz Banda Acadêmica, e em 1934 compôs seu primeiro frevo-canção, "É de Amargar", que venceu o concurso do Diario de Pernambuco e deu início à sua trajetória no frevo.


Capiba não se limitou ao frevo: compôs também valsas e serestas e se formou em Direito pela Faculdade de Direito do Recife. Além da música e do Direito, outra de suas paixões era o futebol – chegou a jogar como atacante em times de Campina Grande e Recife. Casou-se civilmente em 24 de fevereiro de 1961 com Maria José Barbosa, Dona Zezita, com quem viveu até o fim da vida. Agora, mais de duas décadas após sua partida, Capiba segue vivo na memória do povo pernambucano e, em 2025, será celebrado no Carnaval do Estado que tanto enalteceu com sua música.


Com informações da Folha de Pernambuco

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Acervo de Capiba será digitalizado

Digitalização do acervo de Capiba foi aprovada pelo Sistema de
Incentivo à Cultura do Governo do Estado.
(Foto: Divulgação/ Reprodução)
O projeto “Capiba – Preservação e Difusão” que registrará o inventário do acervo do compositor surubinense Capiba contemplará igualmente a digitalização de suas partituras que serão disponibilizadas ao público, teve sua aprovação confirmada pelo Sistema de Incentivo à Cultura do Governo do Estado de Pernambuco.

Conforme diz Lucas Guerra, coordenador do projeto, trata-se da primeira compilação das obras de Capiba cuja produção musical é das mais profícuas e variadas. Constam nela, não apenas frevos como massivamente é difundido, mas valsas, maracatus, sambas, guarânias, modas, canções, fox-trots, baiões, batuques, cirandas, dobrados, toadas, choros, assim como composições eruditas.

Tendo praticamente um ano para ser elaborado e concluído, esse projeto, além do seu coordenador, conta na produção com a empresa “Página 21 Comunicação” e Luanda de Almeida Andrade como técnica em conservação e restauro. “O acervo de Capiba como um todo é muito valioso do ponto de vista cultural, mas, vamos começar com a restauração de 300 partituras”, diz Amaro Filho, da Página 21.

Constando não apenas do inventário, medida fundamental para organização de um museu, após concluído o projeto permitirá o acesso gratuito às partituras através de um sistema de busca e possibilidade de download integral de cada obra musical. Igualmente será realizada a publicação dos itens que compõem o acervo com campanha para restauro fonográfico e audiovisual, garantindo plena condição de conservação e difusão da obra do genial compositor.

Do Correio do Agreste

sábado, 26 de outubro de 2019

Surubim: Dia Municipal do Frevo de Bloco lembra aniversário de Capiba

Sete blocos participam este ano do evento que acontecerá
pela primeira vez na Avenida São Sebastião
(Foto: Alian Aragão/ Divulgação)
Pelo quinto ano consecutivo será comemorado em Surubim o Dia Municipal do Frevo de Bloco. A programação acontece neste domingo dia 27 de outubro, véspera do aniversário do surubinense Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, o mais famoso compositor de frevos do país, que nasceu em 1904 e faleceu em 1997.

A data foi incluída no calendário cultural da cidade, por meio de uma lei municipal, exatamente com esse objetivo: homenagear o conterrâneo ilustre. O evento contará com apresentação dos blocos: Folguedos de Surubim; Lira do Carpina; Flor do Tamarindo (Carpina); Magia Lírica (Paudalho); Flor do Camará (Camaragibe); Cordas e Retalhos (Recife) e Flor da Lira (Olinda). Na ocasião haverá também a participação do Balé Municipal de Surubim.

Este ano, a comemoração do Dia Municipal do Frevo de Bloco, muda de local. O evento terá início às 16h, em frente ao Independência Futebol Clube, na Avenida São Sebastião. Nas edições anteriores, os grupos carnavalescos se reuniam no Pátio da Usina e seguiam em cortejo até a Rua Maria Barbosa.

“Por conta da avenida ser bem movimentada, acreditamos que a participação do público será maior. Não vai haver cortejo. Todas as apresentações acontecerão em frente ao clube. Nesse formato, a população vai entender mais a festa”, explica José Castro de Moura, um dos organizadores do evento.

O Dia Municipal do Frevo de Bloco é organizado pelo Bloco Folguedos de Surubim, em parceria com a Secretaria de Educação e Cultura do município. O evento conta ainda com a apoio da Associação Cultural Capiba, além de empresários e comerciantes da cidade.

Do Correio do Agreste

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Sesc Ler Surubim homenageia Capiba com show e palestra

Imagem: Divulgação/Reprodução
As atividades acontecem nos próximos dias 29 e 30 e vai acontecer em vários espaços da cidade

Prestes a completar 22 anos de sua partida, com o objetivo de manter viva a história e prestar justa homenagem a um dos grandes nomes da música brasileira, o Sesc Ler Surubim realiza nos dias 29 e 30 deste mês o projeto “Repertório Capiba”. A programação, que é gratuita, contará com show e palestras que lembram o filho ilustre de Surubim, o maior compositor de frevos-canção, Capiba.

Na quinta-feira (29/08), às 10h e às 14h, na Escola Técnica e na Escola de Referência em Ensino Médio Natalícia Maria Figueiroa da Silva, respectivamente, o cantor Geraldo Maia palestrará sobre repertório de Capiba. No dia seguinte, duas apresentações: a primeira, às 10h, na Praça Dídimo Carneiro, com Geraldo e a Orquestra Capiba; na segunda, às 20h, o artista fará o show “Noites sem fim”, em que canta grandes sucessos do homenageado, no auditório da Escola de Referência em Ensino Médio Severino Farias. 

Sobre o homenageado – Falecido em 1997, Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba tornou-se conhecido pelas composições de épicos frevos-canções, mas também transitou pelo samba, baião e erudito. Teve músicas gravadas por artistas como Nelson Gonçalves, Núbia Lafayette, Maysa e Elza Soares. Seu maior intérprete, Claudionor Germano deu voz a canções como “Madeira que cupim não rói”. “Voltei Recife” e “Minha Ciranda” também são grandes sucessos até hoje. Em 2017, a casa onde o artista morou por décadas, na cidade de Surubim, foi tombada pelo Governo de Pernambuco como forma de manter e preservar a memória artística do Estado.

Gratuidade – durante o mês de agosto, todas as unidades do Sesc Pernambuco vão oferecer gratuidade na confecção ou atualização do cartão para trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo de comerciários e seus dependentes. Ele garante descontos nas ações de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social, como hospedagens nos hotéis do Sesc, espetáculos, parque aquático e restaurantes das unidades. O titular pode incluir como dependentes cônjuge ou companheiro de união estável, pessoas sob guarda de menores de 21 anos, estudantes com idade até 24 anos, pai, mãe, madrasta, avó e avô. Para fazer a emissão, é necessário ir ao Ponto de Atendimento. Para outras informações e relação dos documentos necessários: www.sescpe.org.br.

Serviço: Repertório Capiba
Data: 29 e 30 de agosto
Entrada: Gratuita
Informações: (81) 3634-5280

Palestra sobre o Repertório Capiba com Geraldo Maia
Data: 29/8
Hora: 10h | 14h
Locais: Escola Técnica de Surubim e Escola de Referência em Ensino Médio Natalícia Maria Figueiroa da Silva

Orquestra Capiba e Geraldo Maia
Data: 30/8
Hora: 10h
Local: Praça Dídimo Carneiro

Show Noites sem Fim com Geraldo Maia cantando Capiba
Data: 30/8
Hora: 20h
Local: Auditório da EREM Severino Farias

Da Assessoria

sábado, 17 de agosto de 2019

Geraldo Maia faz homenagem a Capiba; em Surubim show será no dia 30/8

Geraldo Maia apresenta show NOITES SEM FIM acompanhado
de um quinteto (Foto: Reprodução/ Divulgação)
O cantor e compositor pernambucano Geraldo Maia iniciou neste mês de agosto a turnê do seu projeto NOITES SEM FIM, uma homenagem que o cantor presta a Capiba (Lourenço da Fonseca Barbosa: 1904-1997), um dos grandes compositores da música brasileira de todos os tempos.

O projeto NOITES SEM FIM é uma circulação estadual, contemplada pelo cantor no último edital do Funcultura, e conta com o apoio da Prefeitura de Taquaritinga do Norte, do SESC Surubim (PE) e do SESC Arcoverde (PE).  Em Taquaritinga do Norte, a apresentação aconteceu no coreto da Praça Central, na noite do último dia 10 de agosto.

Nesse show, Geraldo mostra ao grande público a canção brasileira, através das composições desse verdadeiro mestre que foi Capiba, compositor de mais de 200 canções, e que vão da valsa ao maracatu, do samba-canção a guarânia, do bolero ao frevo, além de várias peças eruditas.

Capiba foi um compositor versátil, múltiplo, capaz de produzir belas canções em muitos gêneros diversos. Com o NOITES SEM FIM, Geraldo leva ao público uma amostra da larga obra desse pernambucano de Surubim, mas sempre privilegiando o compositor das valsas, sambas, guarânias, maracatus, mais do que o famoso compositor de frevos.

“Tenho predileção especial não pelo Capiba dos belos e alegríssimos frevos, mas pelo compositor das melodias e letras dolentes, às vezes desesperançadas, tristes mesmo, e que, em alguns casos, ecoam o barroco. Esse Capiba, ouso dizer, me cai ‘como uma luva’”, afirma Geraldo.

No repertório de NOITES SEM FIM, vários clássicos de Capiba: Recife, cidade lendária; Serenata suburbana; Maria Betânia; Verde mar de navegar; A mesma rosa amarela (parceria com Carlos Pena Filho); Quando se vai um amor e Sem pressa de chegar (parceria com Délcio de Carvalho).

O quinteto que acompanha Geraldo Maia no NOITES SEM FIM é formado por Alberto Guimarães (violão 7 cordas), Adalberto Cavalcanti (bandolim e direção musical), Bráulio Araújo (baixo acústico), Júlio César (acordeon) e Renato Bandeira (guitarra semi-acústica).

“Optei por uma formação quase camerística nesse show. Não tem percussão, não tem bateria, não tem instrumento elétrico. Isso para reforçar o tom intimista, boêmio, lírico, poético, às vezes meio soturno das canções”, afirma o cantor.

Nas três cidades, há sempre um cantor convidado. Em Taquaritinga do Norte, a dupla “Socorro e Mazé”, em Surubim, a cantora “Luanda Ferreira” e em Arcoverde o cantor “Alexandre Revoredo”.

SERVIÇO:

Show NOITES SEM FIM

Dia 30 de agosto: SESC Surubim (Auditório da EREM Severino Farias) 20h – acesso gratuito

Dia 13 de setembro: SESC Arcoverde. 20h – acesso gratuito

Dia 27 de setembro: Teatro de Santa Isabel. 20h – R$ 10,00 (preço único)

Do Correio do Agreste

domingo, 7 de janeiro de 2018

Memória | Capiba, 20 anos anos sem o mais querido compositor pernambucano

Capiba, 20 anos sem ele
Ilustração: Thiago
“Capiba é nosso. Nossíssimo. Pernambucaníssimo na sua maneira de ser genuinamente brasileiro”, o elogio, de Gilberto Freyre, foi dirigido a Lourenço da Fonseca Barbosa, Capiba, falecido há exatas duas décadas, aos 93 anos. E cada vez menos lembrado, embora, em outubro, a casa onde morou durante décadas, tenha sido tombada pelo governo do Estado, “com o objetivo de preservar e manter a memória artística de Pernambuco”. Um tombamento que foi motivo de polêmica. Zezita Barbosa, viúva do compositor, 85 anos, posicionou-se contrária. Ela mora em Surubim, a 123 km do Recife.

 Uma das poucas vezes em que Lourenço da Fonseca Barbosa foi lembrado pela imprensa este ano. Em setembro, o cantor Geraldo Maia prestou-lhe uma homenagem no show Noites Sem Fim: 20 Anos sem o Mestre – Geraldo Maia Canta a Saudade de Capiba, apresentado no Teatro do Arraial. No roteiro, canções de meio de ano do compositor, citado quase sempre como autor de músicas carnavalescas, embora seus sucessos nacionais tenham sido todos com composições de outros gêneros: Maria Bethânia, Serenata Suburbana e A Mesma Rosa Amarela, respectivamente, uma canção, uma guarânia e um samba.

Na carteira de identidade do compositor, o local de nascimento é a cidade agrestina de Bom Jardim, em 28 de outubro de 1904. No entanto, era em São José do Surubim onde ficava a casa do mestre de banda Severino Atanásio de Souza Barbosa e Maria Digna de Souza Barbosa. Lourenço foi o oitavo filho do casal, de onze (sem contar com dois que morreram prematuros). Para sustentar a tanta gente seu Severino Atanásio levou a família para Carpina, de lá para Taperoá e depois para Campina Grande onde os Barbosa finalmente se estabeleceram.

 O “Capiba” herdou do avô materno, o major Lourenço Xavier da Fonseca, sujeito irascível, cuja palavra tinha que ser a última. Em O Vocabulário Pernambucano, o historiador, filólogo e folclorista Pereira da Costa assim define o termo: “Capiba: grande, volumoso, alentado, siry capiba. Chefe, dunga, mandão”. Dono de loja em Surubim, o major Lourenço ficava de subir pelas paredes se alguém pusesse os pés nas cadeiras do estabelecimento: “Cadeira foi feita para se botar a bunda, não os pés”, advertia.

 O Lourenço Neto cresceu tão irascível quanto o Lourenço avô. Suas caturrices fazem parte do folclore da música pernambucana. Mestre Severino Atanásio poderia formar uma banda com os filhos, todos com inclinações musicais: Sebastião, Tantão tocava clarinete; José Mariano, o Marambá, foi compositor inspirado (é autor de Evoé, hino do Carnaval pernambucano); Severino, violinista e trompetista; Maria, ou Lia, flautista; João, trombonista; Pedro e Josefa, pianistas; Antônio tocava trompa; Tereza, violinista; Herman, pianista.

Capiba começou a tocar trompa aos sete anos; piano aos 12; aos 16 já tocava profissionalmente. Substituiu a irmã Josefa, que se casou, no Cine Fox. A música o acompanhou até o final da vida. Amava a música, mas somente no início da carreira dependeu dela para viver. Ganhou os primeiros prêmios em concursos musicais quando ainda morava em João Pessoa (na época chamada Parayba). Em 1930, prestou concurso para o Banco do Brasil, no qual trabalhou até 1961. O emprego o prendeu na capital pernambucana.

 Viajava com frequência ao Rio, circulava com desenvoltura no meio artístico carioca, foi gravado por alguns dos grandes nomes do rádio – Nelson Gonçalves, Alcides Gerardi, Maysa, Carmélia Alves, Eliana Pittman, Elza Soares, Núbia Lafayette, a lista é longa. Mas Capiba nunca se deixou atrair pelos holofotes das duas metrópoles brasileiras. Contentava-se em viver no Recife, onde tinha seu principal intérprete: Claudionor Germano da Hora.


É DE AMARGAR

 Em 1934, Capiba ganhou um disputado concurso de músicas carnavalescas com É de Amargar, que compôs inspirado na morte do irmão mais velho, Tantão. Foi uma vitória retumbante, ele foi carregado nos braços pelos admiradores, um dos momentos marcantes de sua carreira. Nos 25 anos deste frevo-canção, a Gravadora Rozenblit produziu um disco celebrando a data redonda, considerando-a o início oficial da carreira de Capiba. Claudionor Germano foi o intérprete de Capiba 25 anos de Frevo, que continua até hoje em catálogo.

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 No dia 27 de fevereiro de 1960, a abertura do Carnaval daquele ano, Capiba, foi homenageado em plena Praça da Independência, onde recebeu o título de Cidadão Benemérito da Cidade do Recife, com a presença do prefeito Miguel Arraes, com direito a bolo de aniversário e a execução de vários de seus sucessos. Capiba foi santo de casa que fez milagres durante toda sua longeva carreira. Não tinha mesmo motivos para se mudar para o “Sul”.

NEM SÓ FREVOS

Conhecido e aclamado como autor de frevos-canção, a inspiração de Capiba transitava pelos mais diversos nichos: frevo, baião, samba e o erudito. Em meados dos anos 50, depois de estudar com o maestro Guerra-Peixe, Capiba anunciava que dali em diante só faria música erudita. Peças que compôs nesta época seriam mais tarde incorporadas ao repertório armorial e muitas continuam inéditas.

 No centenário do Teatro de Santa Isabel, em abril de 1950, foi instituído um concurso, de âmbito nacional, para uma Abertura Solene, para ser executada no dia 18 de maio, data do aniversário da casa de espetáculos. O 1º lugar ficou com o maestro César Guerra-Peixe, o segundo com Lourenço da Fonseca Barbosa (que concorreu sob o pseudônimo de Zumbi).

 Em 1945, ele emplacou o primeiro grande sucesso nacional com Maria Betânia, lançada por Nelson Gonçalves. Composta para a peça Senhora de Engenho, de Mário Sette, a canção, que se tornaria um clássico, deu nome a uma das maiores cantoras da MPB (que a gravou com o irmão Caetano Veloso, de quem partiu a sugestão para que os pais a batizassem com o nome da música do compositor pernambucano).

Nelson Gonçalves, em início de carreira (ainda copiando o ídolo Orlando Silva), deixou Maria Betânia em segundo plano. No lado A do 78 rotações está a obscura valsa Silêncio, de Nelson Ferreira. Os frevos-canção até então eram músicas circunstanciais, à medida que iam surgindo as novas, as antigas, com uma ou outra exceção, caíam no esquecimento.

 Ao contrário das canções de meio de ano, feito a trilogia Recife, Cidade Lendária, Olinda, Cidade Eterna, Igarassu, Cidade do Passado, que ganharam várias regravações nos anos 50. Tantos grandes compositores contemporâneos de Capiba tinham sido esquecidos que ele, provavelmente, desacelerou a produção de frevos.

 Com o LP 25 Anos de Frevo, a nova geração pernambucana redescobriu o frevo de Capiba. Músicas dos anos 30 voltaram a tocar no rádio, com mais sucesso do que quando foram originalmente lançadas. No mesmo ano, Claudionor Germano lançou Sambas de Capiba (que está há, pelo menos, 50 anos fora de catálogo). Quarenta anos depois de É de Amargar, Capiba ainda criava sucessos, como fez com Juventude Dourada, de 1976.

 Por José Teles (JC Online)




sábado, 5 de novembro de 2016

Aniversário de Capiba e Dia do Frevo são comemorados em Surubim

Blocos Líricos desfilaram no Dia do Frevo.
 (Foto: Fernando Guerra/ Correio do Agreste)
Os 112 anos de Capiba não passaram em branco na sua terra natal. No dia 28 de outubro, data de nascimento do grande compositor brasileiro, nascido em Surubim, a Associação Cultural Capiba promoveu um recital no Centro Cultural Dr. José Nivaldo. Foram composições constando dobrado, baião, pop, bossa nova e frevo, incluindo pelo menos cinco obras do homenageado.

Músicos ligados à entidade e alunos da Escola de Música, regidos pelo professor Mac Sedícias, mostraram aos que compareceram ao local, um pouco do trabalho desenvolvido pela Associação e sua Escola direcionada ao ensino musical. Na ocasião, o regente dirigiu-se aos presentes convidando-os a divulgar os cursos ministrados. São cursos gratuitos, teóricos e práticos, direcionados aos bocais e paletas ministrados pelos professores Luís Félix, Lula, e Mac Sedícias.

Os interessados devem procurar a Escola, ou a Associação à Rua Major Prisciliano, no Bairro de São José Nº 364 ou procurarem maiores informações pelo WhatsApp 99207-6876, com Fernando Guerra.

Blocos líricos desfilam em memória de Capiba

O Dia do Frevo de Bloco foi comemorado, em Surubim, no dia 30 de outubro, com o desfile dos Blocos Líricos Compositores e Foliões de Recife, Lira de Carpina e Folguedos de Surubim.

Depois de se reunirem no Pátio da Usina, o cortejo desceu até a Praça Dídimo Carneiro acompanhado de foliões e curiosos. No local reverenciaram a memória de Capiba e, sob a coordenação de Castro lhe prestaram significativa homenagem doando troféus alusivos à data ao Sr. Antonio Barros, Antonio Costa, a Dona Zezita, viúva do compositor, entre outros.

A iniciativa do Bloco Folguedos de Surubim, presidido pelo regente José Castro de Moura, merece receber maiores apoios porque ressalta a beleza das fantasias, parte integrante desses grupos e o ritmo dos frevos de bloco que engrandecem o carnaval pernambucano.

Do Correio do Agreste

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Sesc Ler Surubim homenageia o artista da terra, Capiba, nesta quinta-feira (22)

O Sesc Ler Surubim homenageia o artista da terra, Capiba, nesta quinta-feira (22), com uma apresentação da banda Alucinados Rock Band interpretando as músicas do mestre. A apresentação acontece às 16h no auditório da Escola Severino Farias, com entrada gratuita.
Imagem: Divulgação/Reprodução

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Cultura | Associação Capiba e o Homem Calendário em destaque na TV Pernambuco

O programa Pé na Rua, apresentado na TV Pernambuco pelo jornalista Ivan Moraes Filho, veio conhecer de perto um pouco das atividades desenvolvidas pela Associação Cultural Capiba, na cidade de Surubim, no Agreste.
Associação Capiba e o Homem Calendário em destaque na TV Pernambuco. Foto: TV PE /Reprodução
A entidade é presidida por Zezita Barbosa, esposa de Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, um dos maiores compositores do frevo pernambucano. Na oportunidade, o carismático apresentador também conversou com o editor do jornal Correio do Agreste, Fernando Guerra, que acabou lhe apresentando o senhor Nivaldo Bernadino Coelho, mais conhecido como "Homem Calendário". Dono de um dom incrível, Seu Nivaldo está se preparando para lançar um livro de memórias, que conta com a colaboração do blogueiro Charles Nascimento. Confira o vídeo:

Com informações do Blog Mais Casinhas

sábado, 22 de novembro de 2014

Sesc Ler Surubim homenageia o artista da terra, Capiba, neste sábado (22)

O Sesc Ler Surubim homenageia o artista da terra, Capiba, neste sábado (22), com uma apresentação de Geraldo Maia interpretando as músicas do mestre. A apresentação acontece às 20h no auditório da Escola Severino Farias, com entrada gratuita.

Quem quiser conhecer um outro lado do artista, pode visitar a exposição Simplesmente Capiba: 110 anos em cartaz na Rua Antônio Benvindo, 165B, no centro da cidade. A mostra traz um pouco sobre a vida e a obra deste surubinense, tanto na música como nas artes plásticas. A visitação é gratuita e pode ser feita de segunda a sexta, das 8h às 20h30.

Sesc Ler Surubim homenageia o artista da terra, Capiba, neste sábado (22). Foto: Reprodução
Fonte: Sesc Ler


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Capiba: 110 anos de nascimento na data de hoje - 28/10/2014

Capiba, músico e compositor. 

Foto: O Nordeste Portal
Capiba
Lourenço Fonseca Barbosa nasceu em 28/10/1904 Surubim, Pernambuco. Faleceu em 31/12/1997 Recife, Pernambuco. Compositor. Instrumentista.
  
Foi o 10º filho de uma família de 13 irmãos. Em 1907, com três anos de idade, mudou-se com a família para a cidade do Recife.

Seu pai, Severino Atanásio de Souza Barbosa, era orquestrador, arranjador, professor de música, tenor de igrejas, clarinetista e violinista.

Criou com os filhos Lourenço, Sebastião, Severino, José Mariano (mais tarde conhecido como o compositor Marambá), João, Pedro e Antônio, a banda de música "Lira da Borborema", da cidade de Taperoá, na Paraíba.

Assim como os irmãos, aprendeu música com o pai. Em 1908, a família mudou-se para a cidade de Floresta dos Leões, hoje conhecida como Campina.

Começou a compor aos 10 anos de idade. Em 1913, foi para a cidade de Batalhão, na Paraíba, conhecida atualmente como Taperoá.

Dois anos depois, seu pai foi dirigir a Charanga Afonso Campos, a famosa Bacurau, banda de música da oposição na cidade de Campina Grande.

Nessa época, a família Capiba, como eram conhecidos, gozava da estima e da admiração de todos pelos seus hábitos e disciplina.

Com nove anos de idade, foi vítima de bexiga e esteve entre a vida e a morte.

Entre 13 e 14 anos, apresentava-se na Banda Bacurau e cantava músicas sacras nas festas da padroeira da cidade.

Com 16 anos, começou a trabalhar como pianista no Cine Fox, de Campina Grande, em substituição à irmã Josefa, que estava de casamento marcado.

Mesmo sem saber tocar piano, aprendeu a tocar sete valsas em 11 dias e foi contratado.

Seu progresso no piano foi enorme, chegando a ser convidado a integrar a Jazz Campinense como pianista e a acompanhar o cantor lírico italiano Brilhantini, que apresentou-se em curta temporada no Salão Nobre do Clube Municipal.

Nesse período era um aficcionado do futebol, tendo chegado a jogar de "center forward", como eram chamados os atacantes na época, no América de Campina Grande.

Atuou, ainda, no Campinense Clube e no Recife.

Mais tarde, foi artilheiro do Satélite, time dos funcionários do Banco do Brasil.

Em 1924, aos 20 anos de idade, foi mandado pelos pais de volta para João Pessoa a fim de estudar no Liceu Pernambucano, com as instruções paternas de não envolver-se mais nem com futebol nem com  música.

Por essa época, assumiu cada vez mais o apelido de família "Capiba", que foi, segundo ele, herdado do avô materno, e que é sinônimo de jumento teimoso.

Em 1924, ao chegar a João Pessoa para estudar, recebeu a notícia do falecimento da mãe em Recife, vítima de cirurgia mal sucedida.

Na ocasião, compôs com o irmão Antônio a valsa "Lágrimas de mãe", que seria sua primeira música editada, mandada por ele a São Paulo, para a Oficina Graphica-Musical Campassi & Camin.

Com licença do pai, assumiu o lugar do pianista do Cine Rio Branco que havia falecido.

No mesmo período,  ingressou como atacante no time do América de João Pessoa e fundou a Jazz Independência, onde atuou até 1930, quando voltou para Pernambuco.

Ainda na capital paraibana, conheceu Oliver Von Sohsten, homem rico e educado na Inglaterra que gostava de financiar orquestras para brincar o carnaval.

A partir da amizade entre os dois, foram surgindo bandas  carnavalescas dirigidas por Capiba e financiadas pelo amigo. Em 1926, o carnaval paraibano foi aberto pela banda "Mulher sem coração".

Em 1927, foi a vez de "Eu sou doido por você". Em 1928, "Quem tem amor tem ciúmes".

Em 1929, "Aluga-se um coração".

Nesse mesmo ano, participou do concurso musical da Revista Vida Doméstica com o tango "Flor das ingratas", que tirou o primeiro lugar.

Por essa época, fundou outra orquestra, a Jazz Independência, que teve pouco tempo de duração. Em 1930, passou o último carnaval em Campina Grande, onde desfilou à frente da Jazz Independência, que recebeu o apelido de Jazz da Saudade, com todos os seus integrantes fantasiados de pierrô.

Nesse ano, sua composição "Não quero mais" foi classificada em quarto lugar no concurso de músicas para o carnaval no Rio de Janeiro, patrocinado pela revista O Malho e Casa de Discos Odeon.

Um fato curioso nesse concurso foi que Capiba e seu parceiro João dos Santos Coelho registraram-se com os pseudônimos de "Pé-de-Pato" e "Joca da Beleza", respectivamente, e quando a composição foi gravada por Francisco Alves, permaneceu com os pseudônimos, o que os obrigou a apresentar inúmeros documentos para provar a autoria da música e receber o prêmio a que faziam jus, uma vez que outra pessoa apresentara-se no Rio de Janeiro como autor da música, tendo desaparecido após receber o prêmio.

No mesmo ano, passou em concurso para o Banco do Brasil, no qual havia sido inscrito pelo irmão mais velho, instituição na qual iria trabalhar durante 31 anos.

Foi nomeado para trabalhar na cidade do Recife, para onde foi acalentando o desejo de criar uma orquestra formada por estudantes. Nessa época compôs no Recife sua primeira marcha: "Dona, não grite!".

Em 1931, organizou a Jazz Band Acadêmica, que estreou em novembro daquele ano, tocando no tradicional baile de formatura dos Acadêmicos de Medicina no Derby.

Na ocasião, Capiba lançou um de seus maiores sucessos, a "Valsa verde", composta especialmente para a data, com letra do poeta Ferreyra dos Santos. 

A valsa tornou-se mania no Recife, sendo executada em todas as residências onde havia um piano, com suas partituras esgotando-se rapidamente nas lojas especializadas.

Em 1932, foi aprovado no concurso para a Faculdade de Direito, a qual cursou para fazer jus ao título de acadêmico, já que era dirigente de uma orquestra formada por acadêmicos.

No mesmo ano, organizou a primeira excursão da Jazz Band Acadêmica que atuou em diversas cidades do Norte e Nordeste, tendo-se apresentado em Fordlândia, Fortaleza, Natal e João Pessoa, com grande sucesso.

A excursão teve como finalidade angariar fundos para a Casa do Estudante Pobre.

No mesmo ano, musicou o poema "É de tororó", de Ascenso Ferreira. A composição, em ritmo de maracatu, venceu em 1935 um concurso promovido pelo Diário de Pernambuco. Na mesma ocasião, foi incluída em um dos quadros da revista que o ator Jardel Jércolis apresentou na excursão que realizou a Portugal e Espanha.

Em 1933, compôs o frevo-canção "Agüenta o rojão", terceira colocada no concurso promovido pelo Diário de Pernambuco, e gravada no mesmo ano por Breno Ferreira, e "Tenho uma coisa pra lhe dizer", que ganhou o primeiro lugar.

Clique aqui e saiba mais sobre as obras e fotos de Capiba.


Fontewww.onordeste.com

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