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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Força feminina conquista mais espaço no campo

Agricultora Maria de Lourdes da SilvaFoto: Ed Machado/Folha de Pernambuco
No Brasil, as mulheres já são responsáveis por 45% dos alimentos, de acordo com a FAO. O Censo Agropecuário divulgado pelo IBGE comprova esse crescimento. De 2006 para 2017, aumentou a participação delas na direção de estabelecimentos agropecuários

Nascida e criada na roça, Maria de Lourdes da Silva é o legítimo exemplo dessa expressão popular. Desde os 3 anos de idade, começou a plantar, colher e produzir alimentos na cidade de Itaíba, no Agreste de Pernambuco. Virou agricultora com toda dedicação. Em um dado momento da vida, na juventude, casou e teve três filhos. Teve que morar no município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR) e, consequentemente, abandonou a vida na roça, no interior, para trabalhar na indústria. Mas não deixou de ter um cantinho em casa para a produção agrícola.

Conseguiu se aposentar. Hoje, com 63 anos, Maria de Lourdes vive com o atual marido na cidade de Lagoa do Carro, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Em uma área de 2 hectares, a agricultora cultiva uma infinidade de produtos: pimentas, hortelã, batata-doce, jabuticaba, amora. Deles, ela faz outros alimentos para vender, como geleia de amora e licor de pitanga. “Eu amo a natureza. Mesmo quando eu estava na indústria, eu queria voltar para a agricultura. Ver um brotar de um feijão me enche os olhos e quero passar tudo isso aos meus netos”, contou Maria de Lourdes, que aprendeu a plantar e colher com seus pais.

Empoderada, Maria de Lourdes é uma das responsáveis pela produção de alimentos no mundo. Por isso faz parte da cadeia de segurança alimentar global. Dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), braço da ONU, apontam que as mulheres representam cerca de 60% da força de trabalho agrícola em várias partes do mundo. E no Brasil não é diferente: cerca de 45% da produção de alimentos é originada por mulheres.

Além disso, as mulheres estão dirigindo mais estabelecimentos agropecuários. Essa participação subiu 12,7% (2006) para 18,7% (2017) do total de 5,056 milhões de produtores, equivalente a 946 mil mulheres. Outras 800 mil dirigem o negócio junto com o marido, segundo o Censo Agropecuário 2017, divulgado pelo IBGE.

E se espera ainda mais avanço e valorização desse trabalho. “O protagonismo das mulheres na produção, no acesso ao mercado e à renda está em curva ascendente nos últimos 20 anos. Isso devido a um avanço conjunto de movimentos e organizações sociais e políticas de governo. Mas ainda é preciso ter muita atenção”, defendeu o diretor de Extensão Rural do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Reginaldo Alves.

Segundo a coordenadora da campanha “Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos”, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Geise Mascarenhas, as contribuições da mulher são importantíssimas para a segurança alimentar no mundo. “Visibilizar as mulheres na segurança alimentar e na geração de renda familiar é fundamental. Para se ter uma ideia, a contribuição da mulher na renda familiar é maior no trabalho rural. Ela contribui com 42% na área rural e 40% na área urbana”, disse Geise, ao complementar que reuniões especializadas sobre a agricultura familiar são realizadas pelo Mapa com a participação da sociedade civil para poder levar propostas ao Mercosul de melhorias para o trabalho das mulheres.

E, de acordo com o Mapa, mulheres têm participação cada vez maior em cooperativas locais e associações de agricultores. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS), que representa associações rurais do município de Pombos, na Mata Norte de Pernambuco, formou uma associação apenas com presença feminina. São 16 mulheres, capacitadas em grupo, que produzem e beneficiam alimentos, como abacaxi e acerola. Algumas dessas agricultoras são Aurinete Pereira, 42 anos, Cristiane Santos, 31 anos, e Luciene da Silva, 60 anos.

Em sua propriedade, Aurinete cultiva acerola, que vira licor, doce e geleia. Além disso, faz doces, bolos e brigadeiros da sua produção de abacaxi. Os produtos ela vende em feiras e no IPA. “Eu e as meninas do grupo aprendemos a beneficiar o alimento. Ou seja, desenvolver outros produtos e assim conseguir ganhar uma renda. Por mês eu consigo ganhar uma média de R$ 600 a R$ 800”, contou Aurinete, que sempre trabalhou na agricultura. Continue lendo, clique AQUI

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