Apenas duas faixas etárias têm população masculina maior do que a feminina. Maior proporção de mulheres é entre idosos
Em Pernambuco, há 90 homens para cada 100 mulheres. As mulheres representam 52,7% da população do estado, enquanto os homens correspondem a 47,3%.
Os dados foram divulgados na última sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de 2024.
Os números mostram que Pernambuco tem 4,994 milhões de mulheres e 4,487 milhões de homens.
É uma população total estimada em 9,481 milhões de habitantes, segundo o IBGE.
Pernambuco tem, proporcionalmente, menos homens do que o Brasil. No país, em média, são 92 homens para cada 100 mulheres.
Os recortes por faixas etárias em Pernambuco mostram que quanto mais velha a população, maior a proporção de mulheres.
Na população idosa, por exemplo, há 72 homens para cada 100 mulheres com 60 anos ou mais.
Entre crianças de 0 a 4 anos, mostra o IBGE, são 95 meninos para 100 meninas.
O cenário, no entanto, se inverte na faixa etária de 5 a 13 anos: são 104 meninos para cada 100 meninas.
Já na população de 14 a 17 anos, são 115 meninos para cada 100 meninas. Essas duas últimas são as únicas em que a população masculina é maior do que a feminina.
Entre 18 e 19 anos, a maioria volta a ser feminina: são 95 homens para cada 100 mulheres.
Os dados do IBGE mostram, ainda, que são:
- 88 homens para cada 100 mulheres entre os que têm de 25 a 29 anos;
- 94 homens para cada 100 mulheres no recorte de 30 a 39 anos;
- 90 homens para cada 100 mulheres na faixa 40 a 49 anos; e
- 79 homens para cada 100 mulheres na população de 50 a 59 anos.
Nascem menos mulheres, mas os homens morrem mais cedo
Em todo o mundo, nascem mais homens do que mulheres. Por razões biológicas, nascem de 3% a 5% mais homens do que mulheres.
No Brasil, essa proporção se mantém até os 24 anos, quando a população feminina ultrapassa a masculina.
Entre os adultos jovens, morrem muito mais meninos que meninas. Essas mortes estão relacionadas às causas não naturais, ou seja, violência e acidentes.
Por outro lado, a expectativa de vida das mulheres é sempre maior do que a dos homens globalmente.
Isso é atribuído ao fato de as mulheres se cuidarem mais, se alimentarem melhor e frequentarem mais os médicos.
Por isso, na faixa etária acima dos 60 anos, é comum o número de mulheres ser mais elevado.
Com a transição demográfica brasileira - envelhecimento da população e redução dos nascimentos -, essa diferença fica ainda mais evidente.
"Nascem mais homens do que mulheres, mas, ao longo da vida, os homens tendem a morrer mais cedo, sobretudo por mortes violentas e acidentes", explicou o analista do IBGE William Kratochwill, que apresentou os novos dados na semana passada.
"Por outro lado, as mulheres têm longevidade maior porque tendem a se cuidar mais."
Por Fabio Nóbrega com informações de Estadão Conteúdo