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sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Pelo segundo ano consecutivo, salário mínimo fica sem aumento real

O salário mínimo será de R$ 1.212 a partir de 1º de janeiro de 2022. O valor, que deverá ser estabelecido por medida provisória a ser publicada hoje no Diário Oficial da União, foi confirmado ontem pelo presidente Jair Bolsonaro durante a live semanal pela internet.



O novo piso salarial será R$ 112 maior do que o que vigorou em 2021, de R$ 1.100, numa alta de 10,18%. O valor será também mais elevado do que o previsto no Orçamento enviado ao Congresso em agosto, de R$ 1.169. Porém, o salário mínimo deve ficar mais uma vez sem aumento real, pois a correção não deve superar a inflação ocorrida desde o último aumento. Neste ano, até novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que baliza os reajustes do salário mínimo, acumula alta de 10,96%.


O relatório do Orçamento de 2022, divulgado no último dia 20 pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), previa um salário mínimo de R$ 1.210, considerando correção de 10,04% em relação ao valor atual. Essa taxa correspondia à previsão para a alta do INPC constante da última atualização de parâmetros macroeconômicos feita pelo Ministério da Economia. A estimativa, porém, está abaixo das projeções do mercado.

 

A variação do INPC em 2021, no entanto, só será conhecida na segunda semana de janeiro, quando o IBGE divulgar os dados.


Poder aquisitivo


O secretário-geral da Associação Contas Abertas, Gil Castello Branco, explica que o poder aquisitivo dos brasileiros que recebem o salário mínimo continuará o mesmo, já que, pelo segundo ano consecutivo, não haverá aumento real.


Sob o ponto de vista das contas públicas, o salário mínimo é referencial para a correção de vários itens das despesas. De acordo com o Ministério da Economia, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo gera um incremento de R$ 350 milhões ao ano nas despesas do governo, como na Previdência Social, por exemplo.


André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), aponta que na prática, o poder de compra da população continua baixo e mal dá acesso aos alimentos essenciais. "O que importa para as famílias que ganham salário mínimo é a inflação de alimentos e, nesse caso, a inflação geral desse ano está superior à dos alimentos. A de alimentação deve fechar em torno de 8% e a correção do piso está em torno de 10%", afirma. "Aquilo que a inflação comeu ao longo de 2021 vai ser devolvido em forma de reajuste do salário mínimo a partir de 2022. Aí é empate. Zero a zero. Ninguém fica mais rico e ninguém melhora nenhuma situação tendo salário corrigido pela inflação, que é o cupim do dinheiro. Ela vai comendo o dinheiro até que a cesta fica menor. Com o mesmo dinheiro, compra-se cada vez menos coisas", explica.


Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o custo da cesta básica, em janeiro de 2022, deve ficar em torno de R$ 700 em São Paulo. Assim, o salário mínimo nacional de R$ 1.212 terá poder de compra equivalente a 1,73 cesta básica, relação menor que a média observada de 2008 a 2020.


Por: Correio Braziliense / Foto: Agência Brasil/Arquivo

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