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terça-feira, 30 de novembro de 2021

Em Pernambuco, taxa de desocupação recua mas segue como a maior do país

Apesar de registrar um recuo em relação ao último trimestre, quando atingiu um patamar de 21,8%, a taxa de desocupação em Pernambuco segue como a maior do Brasil. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE, no 3º trimestre deste ano, 19,3% da população do estado em idade de trabalhar estava desempregada. No Brasil, a taxa é de 12,6%.


“A desocupação caiu em Pernambuco cerca de 2.5 pontos percentuais, foi um dos estados onde mais caiu nesse trimestre, mas nossos números ainda são difíceis", comentou o secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação do estado, Alberes Lopes.


 

Em números absolutos, o resultado significa que em Pernambuco, 806 mil pessoas procuraram emprego entre julho, agosto e setembro e não encontraram. O resultado é igual ao obtido pelo estado no terceiro trimestre do ano passado, quando a taxa de desocupação também ficou em 19,3%. 


Lopes destaca o trabalho que vem sendo realizado pela gestão estadual para reverter o quadro. "Houve uma retomada de operações no estaleiro, temos investido no plano de crescimento da economia, subsidiando a contratação de empregos pelas empresas com o benefício de meio salário mínimo, atraindo novos empreendimentos, qualificando os trabalhadores, mas tudo é um processo que estamos enfrentando, fazendo a roda girar com o carro em andamento. Estamos com muita esperança e, mais do que esperança, estamos trabalhando”, afirmou. 


OCUPAÇÃO

Apesar do elevado índice de desocupação, Pernambuco registrou um aumento no número de pessoas ocupadas, que saiu de 3 milhões e 259 mil pessoas no 2º trimestre deste ano para 3 milhões e 374 mil trabalhadores no 3º trimestre, um aumento de 3,6%. Com relação ao mesmo período de 2020, o avanço na população ocupada, seja formalmente ou informalmente, foi de 13,6%. 


No último trimeste, também subiu o número de empregados do setor privado, com avanço de 7,3%. No entanto, o maior impacto no mercado de trabalho ficou por conta dos trabalhadores sem carteira assinada, que aumentaram 11,3% entre o segundo e o terceiro trimestres de 2021, chegando a 546 mil pessoas. Nesse período, a atividade econômica que mais absorveu esses trabalhadores foi o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com aumento de 11,6% no contingente de trabalhadores, passando de 648 mil para 724 mil pessoas.


INFORMALIDADE

A taxa de informalidade no estado também aumentou. Agora, 52,2% da população ocupada no 3º trimestre de 2021 não possui emprego formal, contra 51,2% no trimestre anterior. O percentual equivale a 1 milhão e 760 mil pessoas, o que deixa Pernambuco em oitavo lugar nacional no ranking dos informais. No Brasil, a taxa é de 40,6%.


De acordo com Alberes, uma das explicações para o caso está nos desmontes realizados nacionalmente. "Pouco mais de 95 mil pessoas no estado foram contratadas neste trimestre sem carteira assinada e o número de empregados domésticos sem carteira cresceu 32%. Mas a gente tem que olhar lá atrás, quando houve a reforma trabalhista com o enfraquecimento do Ministério Público do Trabalho, a extinção do Ministério do Trabalho, as demissões no estaleiro e tantos outros desmontes por falta de políticas nacionais", observou. 


RENDIMENTO MÉDIO

O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas em Pernambuco foi de R$ 1.715, o que representa o menor resultado no estado desde 2018. No 2º trimestre de 2021, essa renda havia sido de R$ 1.878. Já no 3º trimestre de 2020, o valor era maior ainda: R$ 1.964. "Essa perda de rendimento foi agravada pelo aumento da inflação nos últimos meses. Além disso, é provável que estejamos trocando empregos com carteira assinada e direitos trabalhistas por trabalho precário", explicou Fernanda Estelita, gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco.  


DESALENTO

A pesquisa também mostrou que o número de pessoas desalentadas chegou a 329 mil pessoas no 3º trimestre de 2021, 15,2% a menos do que no período anterior. Essa parcela que havia desistido de procurar emprego voltou a pressionar o mercado de trabalho local. Por definição, desalentados são aqueles que estão fora da força de trabalho ou que não realizam busca efetiva por trabalho pelas seguintes razões: não conseguir trabalho, ou não ter experiência, ou ser muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho em sua localidade e que, se tivesse encontrado trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.  


A PNAD Contínua também mostra que os trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, ou seja, aqueles que trabalham menos horas do que poderiam trabalhar, alcançou 324 mil pessoas, um aumento de 9,3% perante o 2º trimestre deste ano e de 31,2% na comparação com o 3º trimestre de 2020, quando as medidas de distanciamento social eram mais rígidas.


Do Diario de PE / Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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