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quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Inadimplência das famílias sobe a 30% em julho, maior nível desde setembro de 2023, diz CNC

Os brasileiros ficaram mais endividados e mais inadimplentes em julho, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A proporção de famílias com contas a vencer cresceu de 78,4% em junho para 78,5% em julho, o sexto mês consecutivo de altas, apontou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).



Em relação a julho de 2024, quando também 78,5% das famílias estavam endividadas, houve estabilidade.


A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.


A proporção de consumidores com contas em atraso subiu de 29,5% em junho para 30,0% em julho, maior patamar desde setembro de 2023, quando essa fatia somava 30,2%. Um ano antes, em julho de 2024, a proporção de famílias inadimplentes era de 28,8%.


A fatia de consumidores que afirmaram não ter condições de pagar dívidas vencidas, ou seja, que permaneceriam inadimplentes, subiu de 12,5% em junho para 12,7% em julho. Essa parcela era de 11,9% em julho de 2024.


Segundo a CNC, os resultados emitem um alerta de que famílias de renda baixa e média têm enfrentado mais dificuldades no pagamento de contas.


"O aumento do número de famílias que já não conseguem pagar suas dívidas e a estagnação do endividamento indicam que os brasileiros estão no limite da capacidade de contrair novas dívidas. A redução dos prazos mostra um uso cada vez mais defensivo do crédito. Esse comportamento exige atenção das autoridades para que se evite uma estagnação no comércio e nos serviços", avaliou o presidente da CNC, José Roberto Tadros, em nota oficial.


Apesar do avanço no endividamento e na inadimplência, houve melhora da percepção do endividamento: a proporção de pessoas que se consideram "muito endividadas" desceu de 15,9% em junho para 15,5% em julho. Houve ainda manutenção da tendência de redução dos prazos firmados para os pagamentos, pelo sétimo mês consecutivo: o porcentual de famílias comprometidas com dívidas por mais de um ano desceu de 32,2% em junho para 31,5% em julho, menor nível desde fevereiro de 2024, quando estava em 30,9%. Por outro lado, houve aumento do comprometimento da renda com dívidas por até seis meses, "mostrando que o endividamento está sendo cada vez mais de curto prazo".


O total de famílias com mais da metade da renda comprometida com o pagamento de dívidas caiu de 19,2% em junho para 18,9% em julho. A parcela média da renda comprometida com dívidas encolheu de 29,6% em junho para 29,4% em julho.


O cartão de crédito mantém a liderança como a modalidade mais utilizada, mencionada por 84,5% dos endividados, mas perdeu espaço em relação à fatia de 86,0% registrada em julho do ano passado. Na direção oposta, os carnês cresceram em um ano, com uma fatia de 16,8% de menções em julho de 2025, ante 15,7% em junho de 2024.


"Notamos as famílias brasileiras cada vez mais conscientes com relação ao crédito. Prova disso é a redução do comprometimento médio da renda e da parcela de famílias com mais da metade dos ganhos consumidos pelas dívidas. O recuo do cartão de crédito e avanço dos carnês sugerem uma busca por modalidades menos onerosas e com maior previsibilidade de pagamento", avaliou o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, em nota.


Renda baixa mais endividada e inadimplente

Na passagem de junho para julho, as famílias de renda mais baixa ficaram mais endividadas e mais inadimplentes.


No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados subiu de 81,1% em junho para 81,2% em julho. Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados aumentou de 80,9% para 81,3% No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve redução de 78,7% para 77,5%. No grupo com renda acima de 10 salários mínimos mensais, essa fatia subiu de 67,5% para 67,9%.


Quanto à inadimplência, no grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de famílias com dívidas em atraso cresceu de 36,9% em junho para 38,0% em julho. Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de inadimplentes caiu de 29,4% em junho para 28,7% em julho. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve redução de 22,9% para 22,2%. No grupo que recebe acima de 10 salários mínimos mensais, a fatia de inadimplentes cresceu de 14,9% para 15,6%.


O endividamento das famílias brasileiras deve começar a arrefecer nos próximos meses, mas ainda encerrar 2025 acima do patamar de um ano antes, previu Fabio Bentes.


"Esse movimento deve ser influenciado pela expectativa de aumento da inadimplência, gerando cuidado ao longo de 2025. Desse modo, mesmo com a queda no segundo semestre, devemos fechar 2025 com as famílias significativamente mais endividadas (+1,1 p.p.) e mais inadimplentes (+1,4 p.p.) do que no fim do ano passado", alertou Bentes.


Por Estadão Conteúdo





quinta-feira, 8 de maio de 2025

Endividamento das famílias sobe para 77,6% em abril, diz CNC

O endividamento das famílias em abril avançou pelo terceiro mês consecutivo, para 77,6% - ainda abaixo do resultado do ano passado, quando atingiu 78,5% -, porém o maior porcentual desde agosto de 2024, informou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira 7, pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).


Apesar desse aumento, o mês de abril continuou apresentando melhora da percepção do endividamento, com a queda do porcentual de pessoas que se consideram "muito endividadas", indo para 15 4%, contra 16% no mês anterior. A diferença foi principalmente para os "pouco endividados", resultado favorável para o mês, com aumento da categoria de 30,4% em março para 32,4% em abril.


"Importante considerar que essa é uma percepção individual das famílias, captada pela pesquisa, ou seja, representa o que cada consumidor considera muito ou pouco em termos de endividamento", explicou a CNC.


Ao contrário do que ocorreu em março, em abril o maior endividamento foi acompanhado por uma alta do porcentual de inadimplência, que atingiu 29,1%, mesmo nível encontrado em janeiro deste ano e superior ao de abril de 2024. Acompanhando esse movimento, o porcentual de famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso interrompeu sua tendência de queda de três meses e avançou para 12,4%, também acima do resultado de abril de 2024.



"Além de terem menos condições de pagar as contas atrasadas, os consumidores estão ficando mais tempo com suas dívidas atrasadas. O porcentual de famílias inadimplentes por mais de 90 dias também interrompeu a tendência de redução, permanecendo em 47,6%, enquanto o aumento ocorreu principalmente no período entre 30 e 90 dias", informou a confederação.


Outro quesito preocupante este mês, segundo a CNC, foi a redução dos prazos para arcar com as contas. Tanto que o porcentual de famílias comprometidas com dívidas por mais de um ano continuou em queda pelo quarto mês, alcançando 33,4%, o menor porcentual desde junho de 2024 (32,8%), enquanto houve aumento do comprometimento entre três meses e um ano, mostrando que o endividamento está sendo cada vez mais de curto e médio prazos.



No entanto, um fator favorável do mês é que o porcentual dos consumidores que têm mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas apresentou redução, atingindo 20,5% e retomando o nível de fevereiro. Contudo, o percentual médio de comprometimento da renda com dívidas acelerou para 30% em abril, com a maior parte das famílias (55,4%) possuindo entre 11% e 50% da renda comprometida.


"Projeções da CNC mostram que o endividamento deve continuar aumentando ao longo deste ano. Contudo, uma expectativa de aumento também da inadimplência deve arrefecer esse movimento e gerar cuidado ao longo de 2025. Desse modo, devemos fechar 2025 com as famílias significativamente mais endividadas (+2,4 p.p.) e marginalmente mais inadimplentes ( 0,5 p.p.). Destacamos que o novo programa do governo deve pressionar ainda mais o endividamento das famílias em 2025", afirma a CNC.


Segundo a CNC, o aumento do endividamento ocorreu em todas as famílias, independente da faixa de renda, mas com maior ocorrência entre as que ganham entre 5 e 10 salários mínimos. O aumento do nível de endividamento ocorreu para ambos os gêneros, no entanto, com maior intensidade entre os homens, que teve avanço de 0,7 ponto porcentual.


Por Estadão Conteúdo



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Turismo deve movimentar R$ 12 bi com o carnaval de 2025, alta de 2,1% ante 2024, diz CNC

Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco


O setor de turismo brasileiro deve movimentar R$ 12,03 bilhões em receitas decorrentes do carnaval deste ano, um aumento real de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).


"Este crescimento está diretamente relacionado ao avanço no número de turistas estrangeiros, impulsionado pelo câmbio e pela diversidade de atrativos culturais do Brasil. Se confirmada a projeção, este será o melhor carnaval desde 2015", informou a CNC, em nota. Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco


 


Os bares e restaurantes devem concentrar a maior fatia de receitas geradas pelo carnaval, R$ 5,4 bilhões, seguidos pelos serviços de transporte de passageiros (R$ 3,31 bilhões) e de hospedagem (R$ 1,28 bilhão). Os três segmentos somarão 83% do total movimentado pelo turismo no período.


"A concentração de receitas em setores como alimentação, transporte e hospedagem mostra como o carnaval movimenta diretamente a economia local e favorece o fortalecimento do setor de serviços", declarou Fabio Bentes, economista responsável pelo estudo da CNC, em nota oficial.


Segundo Bentes, a desvalorização do real frente ao dólar "tem colocado o Brasil no radar dos viajantes internacionais". Dados da Embratur revelam que o Brasil alcançou um recorde de 6,66 milhões de turistas estrangeiros em 2024.



"A receita acumulada do turismo no ano passado também foi histórica, chegando a US$ 7,34 bilhões", diz a CNC.


Em fevereiro de 2024, o Brasil recebeu 833,31 mil turistas estrangeiros, e a CNC estima que esse número cresça a 4,8% em fevereiro de 2025, para um ápice de 868,46 mil visitantes, superando o recorde de 2018.


A entidade prevê que o carnaval leve à criação de 32,6 mil vagas de trabalho temporárias. O setor de bares e restaurantes oferecerá o maior número de postos (22,85 mil), seguido por hotéis, pousadas e similares (4,06 mil) e empresas de transporte (3,31 mil). No entanto, a taxa de efetivação deve ser modesta, 7%, "refletindo a previsão de crescimento econômico mais moderado em 2025".


"Embora o contingente de trabalhadores temporários contratados tenda a ser maior para o carnaval de 2025, a taxa de efetivação deverá ser menor do que nos últimos anos. Em 2021 e 2022, em média 24% dos trabalhadores foram efetivados após o carnaval, em virtude da necessidade do setor de repor as vagas eliminadas durante as fases mais agudas da crise sanitária. Em 2023, tal porcentual recuou para 11% e, no ano seguinte, para 9%. Para este ano, a taxa de efetivação deve acusar novo recuo (7%), em virtude da expectativa de crescimento menor da economia em 2025 ", concluiu o estudo de Fabio Bentes.


Por Agência Estadão

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Natal deste ano deve movimentar R$ 69,75 bilhões no varejo, diz CNC

foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o Natal deste ano movimente R$ 69,75 bilhões em vendas, o que representa aumento real de 1,3% (já descontada a inflação) no faturamento do varejo. Mesmo assim, o setor ainda não vai conseguir igualar o patamar pré-pandemia: em 2019, a movimentação foi de R$ 73,74 bilhões.


 

A estimativa é que super e hipermercados representem 45% (R$ 31,37 bilhões) da movimentação financeira. Na sequência, vêm lojas especializadas em itens de vestuário, calçados e acessórios, com 28,8% do total (R$ 20,07 bilhões), e estabelecimentos voltados para artigos de usos pessoal e doméstico, com 11,7% (R$ 8,16 bilhões).

 


“A atual dinâmica de consumo tem atuado no incremento das vendas neste fim de ano. Mas as condições menos favoráveis causadas pelo aperto monetário iniciado em setembro pelo Banco Central já são sentidas pelo consumidor final. Isso explica a curva de crescimento menos acentuada no comparativo com o ano passado, quando projetamos o aumento de 5,6%”, disse o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.



Os números são desfavoráveis para os que buscam um vaga de trabalho. A CNC estima a contratação de 98,1 mil funcionários temporários para atender ao volume de vendas do Natal, 2,3 mil trabalhadores a menos do que no ano passado.


“Curiosamente, o número é menor do que o do ano passado, quando mais de 100 mil temporários foram contratados. A razão disso é o fato de que o quadro de funcionários das empresas veio crescendo ao longo do ano, com o aumento de aproximadamente 3% na força de trabalho, nos últimos 12 meses, ou seja, mais de 240 mil vagas criadas”, afirmou o economista-chefe da CNC, Fábio Bentes. Segundo ele, isso faz com que o varejo dependa menos do trabalho temporário.



“Já para 2025, a expectativa do próprio setor é que sejam efetivados aproximadamente 8 mil desses trabalhadores temporários”, disse o economista.



A desvalorização cambial deve aumentar os preços dos produtos natalinos, com crescimento médio de 5,8%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), na medição dos 12 meses encerrados em dezembro. O valor da cesta deve ser pressionado pela alta do valor dos livros (12,0%), dos produtos para a pele (9,5%) e dos alimentos em geral (8,3%). Por outro lado, devem ficar mais baratos presentes como bicicletas (queda de 6,2%), aparelhos telefônicos (redução de 5,5%) e brinquedos (diminuição de 3,5%).


Na análise por estados, São Paulo (R$ 20,96 bilhões), Minas Gerais (R$ 7,12 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 5,86 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 4,77 bilhões) devem concentrar mais da metade (55,5%) da movimentação financeira prevista pela CNC. Paraná e Bahia são os estados com maiores projeções de avanço nas vendas: aumento no faturamento de 5,1% e 3,6%, respectivamente.


Por: Agência Brasil



segunda-feira, 10 de junho de 2024

Endividamento das famílias sobe a 78,8% em maio e inadimplência estabiliza em 28,6%, diz CNC

Os brasileiros ficaram mais endividados na passagem de abril para maio, mas o nível de inadimplência manteve-se estável, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).


A proporção de famílias com contas a vencer passou de 78,5% em abril para 78,8% maio, o terceiro mês seguido de crescimento, apontou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). 


O resultado é mais elevado também que o de um ano antes, quando 78,3% das famílias estavam endividadas.


Segundo a CNC, o movimento reflete uma maior demanda das famílias por crédito, aproveitando a redução nos juros.


"Esse padrão é corroborado pelo aumento da oferta de crédito. O saldo das operações de crédito para pessoas físicas aumentou 0,8% em abril de 2024, de acordo com o Banco Central, enquanto o crescimento acumulado em 12 meses acelerou de 8,6% em março para 8,9% em abril", ressaltou a entidade, no relatório do indicador.


A pesquisa da CNC considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.


A fatia de consumidores com contas em atraso permaneceu em 28,6% em maio, mesmo resultado visto em abril. Em maio de 2023, a proporção de famílias inadimplentes era mais elevada, 29,1% tinham contas em atraso.


"Isso indica que as famílias estão lidando melhor com o crédito no orçamento familiar, mostrando uma maior consciência no momento de se endividar, aliviando os indicadores de inadimplência", avaliou o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, em nota oficial.


A proporção de consumidores que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas vencidas, ou seja, que permaneceriam inadimplentes, diminuiu de 12,1% em abril para 12,0% em maio. Essa parcela era mais baixa em maio de 2023, 11,8%.


"Apesar dessa melhora para arcar com os custos das dívidas, 20,8% dos consumidores chegaram em maio com mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas, um aumento de 1 ponto percentual na comparação com o mesmo mês do ano passado", apontou o estudo da CNC.



"Para conseguir ter melhor controle financeiro, as famílias contam com prazos longos para pagamento das suas contas. Tanto que o percentual de famílias comprometidas com dívidas por mais de um ano permaneceu em 32,4% "


Renda mais baixa

Na passagem de abril para maio, as famílias de renda mais baixa ficaram mais endividadas. No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados aumentou de 80,4% em abril para 80,9% em maio.



Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados subiu de 79,7% em abril para 79,9% em maio.


No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve alta de 75,5% para 77,1%. No grupo com renda acima de 10 salários mínimos mensais, essa fatia desceu de 71,7% para 71,4%.


Quanto à inadimplência, no grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de famílias com dívidas em atraso passou de 35,8% em abril para 35,9% em maio.


Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de inadimplentes diminuiu de 26,4% em abril para 26,1% em maio.


No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve elevação de 22,2% em abril para 22,4% em maio. No grupo que recebe acima de 10 salários mínimos mensais, a fatia de inadimplentes diminuiu de 14,6% para 14,4%.


Endividamento

O cartão de crédito permanece como o principal tipo de dívida, mencionado por 86,9% dos endividados, 0,3 ponto porcentual a mais que em maio do ano anterior.



Já o uso do cheque especial desceu a 3,9% em maio, o menor nível da série histórica iniciada em 2010.


"Enquanto o financiamento imobiliário apresentou o maior crescimento anual (+1,6 p.p.), resultado do mercado de crédito com juros mais acessíveis. Esse foi o maior percentual de utilização (8,7%) desde fevereiro de 2022", frisou a CNC.


A CNC estima novos aumentos na proporção de famílias endividadas nos próximos meses, alcançando 80,4% em dezembro de 2024.


Quanto à inadimplência, as previsões da entidade indicam uma manutenção do atual patamar nos meses de junho e julho, avançando nos meses seguintes, até encerrar o ano de 2024 em 29,4%.


"A faixa de baixa renda, por menos opções de recursos, apresenta maior necessidade de recorrer ao crédito, assim como a maior dificuldade de amortizar essas dívidas. Deve-se estar atento pelo fato de esse grupo ter aumentado seu endividamento em maio, mesmo tendo piora nos seus indicadores de inadimplência", ressaltou a CNC, no estudo.


Por Estadão Conteúdo



quarta-feira, 8 de maio de 2024

Endividamento das famílias sobe a 78,5%, mas inadimplência fica estável em abril, diz CNC

Os brasileiros ficaram mais endividados na passagem de março para abril, mas o nível de inadimplência manteve-se estável, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).



A proporção de famílias com contas a vencer passou de 78,1% em março para 78,5% em abril, o segundo mês seguido de crescimento, apontou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). O resultado é mais elevado também que o de um ano antes, em abril de 2023, quando 78,3% das famílias estavam endividadas.


Segundo a CNC, o resultado reflete uma maior demanda das famílias por crédito, aproveitando a redução nos juros. A entidade prevê que o endividamento siga em trajetória de ascensão, mas alerta para a necessidade de monitoramento do risco de aumento da inadimplência, "especialmente no fim do ano".


A pesquisa da CNC considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.


A fatia de consumidores com contas em atraso permaneceu em 28,6% em abril, mesmo resultado visto em março. Em abril de 2023, a proporção de famílias inadimplentes era mais elevada, 29,1% tinham contas em atraso.


A proporção de consumidores que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas vencidas, ou seja, que permaneceriam inadimplentes, cresceu de 12,0% em março para 12,1% em abril. Essa parcela era mais baixa em abril de 2023, 11,6%.



"Para conseguir ter maior parte da sua renda disponível, as famílias buscaram aumentar o prazo de pagamento das suas contas. Tanto que o porcentual de famílias comprometidas com dívidas por mais de um ano alcançou 32,4%, o maior nível desde abril de 2022", apontou o estudo da CNC. "As famílias continuaram se endividando, apesar do ligeiro aumento da dificuldade de arcar com as contas futuras, graças ao maior tempo disponibilizado para esse pagamento."


Mais pobres ficam mais endividados, mas menos inadimplentes


Na passagem de março para abril, as famílias de renda mais baixa ficaram mais endividadas, mas reduziram seu nível de inadimplência. "O aumento do endividamento sugere uma melhoria das condições de renda das famílias mais pobres", avaliou o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, em nota oficial.


No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados aumentou de 79,7% em março para 80,4% em abril. Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de endividados subiu de 79,3% em março para 79,7% em abril. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve alta de 75,0% para 75,5%. No grupo com renda acima de 10 salários mínimos mensais, essa fatia cresceu de 71,4% para 71,7%.



Quanto à inadimplência, no grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de famílias com dívidas em atraso caiu de 36,4% em março para 35,8% em abril. Na classe média baixa, com renda de três a cinco salários mínimos, a proporção de inadimplentes avançou em 26,0% em março para 26,4% em abril. No grupo de cinco a dez salários mínimos, houve elevação de 20,7% em março para 22,2% em abril. No grupo que recebe acima de 10 salários mínimos mensais, a fatia de inadimplentes subiu de 14,3% para 14,6%.


Juro menor impulsiona endividamento imobiliário

O cartão de crédito permanece como o principal tipo de dívida, mencionado por 87,1% dos endividados, 0,3 ponto porcentual a mais que em abril do ano anterior.


"O financiamento imobiliário apresentou o maior crescimento anual, resultado da redução dos juros médios da modalidade, que atingiram o menor patamar desde fevereiro de 2022, com 8,87% em fevereiro de 2024 (ante uma fatia de 7,1% em abril de 2023)", frisou a CNC.


Por Estadão Conteúdo | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil




quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Confiança do empresário do comércio sobe 0,8% em janeiro, diz CNC

Índice alcançou 109,1 pontos em janeiro



O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) alcançou 109,1 pontos em janeiro. O patamar representa uma elevação de 0,8%, se comparado ao mês anterior.



De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que apura o indicador mensalmente, o resultado interrompe uma sequência de quatro quedas consecutivas, o que para os pesquisadores indica uma virada positiva nas perspectivas do varejo.


“A melhor percepção sobre o consumo atual no mês de janeiro contribui para o aumento do otimismo, indicando que as condições de mercado estão em sintonia com as expectativas dos comerciantes”, apontou a nota da CNC.


O presidente da CNC, José Roberto Tadros, também considera a recuperação do Icec em janeiro como um sinal positivo para o começo de 2024.



“Aponta um otimismo moderado, aliado à melhora das condições atuais do setor, mas com a prudência necessária diante do atual cenário”, comentou na nota.



Tadros acrescentou que a combinação da confiança dos varejistas com os dados da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF), revela mais disposição das famílias brasileiras ao consumo e refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela.


Confiança

O crescimento de 4,5% na confiança dos empresários para as condições atuais do setor, em relação a dezembro do ano passado, foi o destaque do período.


O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, observou que a taxa “representa a primeira leitura positiva após quatro meses consecutivos” e que o indicador aponta para uma melhora da saúde financeira das empresas do comércio.


O indicador que retrata as expectativas dos empresários foi outro que teve bom desempenho, mostrando alta de 0,3%. “Esse resultado significou a saída das taxas anuais negativas, indicando um retorno à estabilidade entre janeiro de 2024 e 2023”, explica Felipe Tavares.



A maior variação mensal desse grupo de indicadores (0,6%) está relacionada à expectativa dos varejistas para suas empresas. Na variação anual, a expectativa para a economia teve destaque com avanço de 1,1%.


“O conjunto desses dados mostra maior otimismo entre os empresários no presente, contrastando com perspectivas mais cautelosas para o futuro”, disse o economista-chefe da CNC.


Investimento

Em movimento contrário, as intenções de investimento registraram pequeno recuo de 0,1%. O resultado, segundo a CNC, reflete a cautela dos consumidores para os próximos meses. “A queda mensal das intenções de investimento revela o cuidado dos empresários em alocar mais capital na empresa antes de terem sua confiança confirmada, apontando um ambiente de incerteza econômica”, apontou a CNC.


A proporção de comerciantes que planejam reduzir suas contratações chegou a 37% em janeiro de 2024. É o maior nível desde junho do ano passado. O nível de inadimplência das empresas atingiu 3,6% e mesmo com as taxas de juros mais acessíveis do que no ano passado, significa a maior dificuldade dos estabelecimentos em manter seus fluxos de capital.



Bens essenciais

Também em janeiro, todos os segmentos do varejo pesquisados mostraram crescimento na confiança do empresário do comércio. O maior avanço mensal foi no comércio de produtos de bens essenciais, anotando um aumento de 3,8% nas séries com ajuste sazonal. Beneficiado pelo acesso facilitado por causa dos juros mais baixos, o grupo de produtos duráveis subiu 1,6%.


Na percepção atual do comércio,a atividade de bens semiduráveis foi a única em queda no mês. A retração ficou em 1,2%. O recuo, conforme o indicador, pode ser atribuído ao foco das famílias em bens essenciais, refletindo uma queda de 0,5% na ICF de janeiro. “Apesar de os duráveis não estarem nessa categoria, foram auxiliados pela melhora do mercado de crédito”, concluiu.


Apesar do corte de juros favorecer o segmento de bens duráveis, os empresários do setor ainda enfrentam desafios. Felipe Tavares informou que diante das dívidas, as famílias controlam seu orçamento para evitar a inadimplência e isso impacta as intenções de investimento. “Assim, esses comerciantes não experimentam totalmente os efeitos positivos dos cortes na Selic, uma vez que a demanda está desaquecida”, analisou o economista-chefe.


Da Folha de Pernambuco | Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Endividamento atinge 78,3% das famílias brasileiras, diz CNC

A parcela de famílias brasileiras com dívidas (em atraso ou não) chegou a 78,3% em abril deste ano. A taxa é a mesma observada no mês anterior, mas está acima dos 77,7% de abril de 2022.


Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira (4), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).


A previsão é que o percentual de 78,3% se mantenha nos próximos dois meses e suba para 78,4% em julho, segundo a CNC.


A pesquisa indica que a parcela de inadimplentes – aqueles que têm contas ou dívidas em atraso –, chegou a 29,1% das famílias do país, abaixo dos 29,4% de março, mas acima dos 28,6% de abril de 2022. O aumento ocorreu principalmente na classe média.


Aqueles que não terão condição de pagar suas dívidas somaram 11,6%, percentual superior aos 11,5% de março e aos 10,9% de abril do ano anterior. “Quem tem dívidas atrasadas há mais tempo segue enfrentando dificuldade de sair da inadimplência em função dos juros elevados, que pioram as despesas financeiras”, destaca a economista da CNC Izis Ferreira.


A cada 100 consumidores inadimplentes em abril, 45 estavam com atrasos por mais de três meses. Segundo a Peic, muitos consumidores têm recorrido ao crédito pessoal, modalidade em que os juros tiveram o menor crescimento (média de 42% ao ano), para pagar dívidas mais caras, como do cartão rotativo, por exemplo.  


Do total de consumidores endividados, 86,8% têm dívidas no cartão de crédito e 9% com crédito pessoal. O uso dessa modalidade de crédito é o maior em um ano, enquanto o do crédito pessoal supera os últimos seis meses, de acordo com a CNC.


Por: Vítor Abdala - Agência Brasil | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

terça-feira, 6 de setembro de 2022

Endividamento e inadimplência crescem em agosto, diz CNC

O endividamento das famílias com carnês e cartões de lojas de varejo e a inadimplência das famílias avançaram em agosto. O endividamento alcançou 19,4%, percentual que representa alta de 0,5 ponto percentual (p.p) se comparado ao mês anterior e de 1,2 p.p. em relação com agosto do ano passado.


Já a inadimplência alcançou 29,6% do total de famílias no país, sendo o maior patamar desde o começo da série histórica em 2010.


Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira (5) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela entidade, o volume de endividados com estes meios de compras vem crescendo desde maio deste ano.


O levantamento mostrou ainda que o aumento do indicador pode ser explicado pela procura por crédito direto no varejo das famílias de menor renda. Nos últimos quatro meses, o endividamento nos carnês para esta parcela da população cresceu 1,8 p.p. e chegou a 19,8%.


Conforme a CNC, a alta da contratação de dívidas foi mais expressiva para as famílias com rendimentos até 10 salários mínimos (1,1 p.p), do que entre as famílias de maior renda (0,9 p.p.).


A economista da CNC responsável pela Peic, Izis Ferreira, afirmou que a melhora no mercado de trabalho e as políticas de transferência de renda mais robustas têm favorecido os rendimentos das famílias nas faixas mais baixas, mas elas enfrentam dificuldades.


“A inflação em nível ainda elevado desafia o poder de compra desses consumidores. O crédito tem sido uma forma importante para eles sustentarem o consumo”, disse.


Anual


No ano, a alta no endividamento direto em lojas do varejo é de 0,7 p.p. entre as famílias com até 10 salários de rendimento mensal. Já nas famílias consideradas mais ricas, cresceu 3 p.p.. A Peic também apontou, que no mesmo período, o público masculino está mais endividado nos carnês (19,5%) do que o feminino (18,8%).


“A proporção de homens que contrataram crédito direto operado pelo varejo cresceu 2,3 p.p. em um ano; esse número caiu 1,1 p.p. entre as mulheres”, acrescentou a CNC.


No último quadrimestre, a maior proporção do endividamento em carnês do varejo ocorreu junto com a redução de endividados no cartão de crédito (de 3,2% p.p.). As duas modalidades têm forte associação ao consumo no comércio varejista.


Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o movimento é provocado pela busca de compras com crédito mais barato.


“As famílias estão buscando alternativas de crédito mais baratas por conta da elevação dos juros, e o cartão de crédito foi o tipo de dívida com a segunda maior alta dos juros médios em um ano até junho, 17 pontos percentuais, segundo dados do Banco Central”, observou.


Por Agência Brasil - Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco



sexta-feira, 27 de maio de 2022

Otimismo dos comerciantes melhora em maio, diz CNC

Os comerciantes se mostraram mais otimistas em maio. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 120,2 pontos, após o volume de vendas no varejo apresentar altas consecutivas e surpreendentes. Este é o maior nível desde dezembro de 2021. O indicador chegou ao patamar com elevação de 5,7% na passagem mensal. Já na comparação com maio de 2021 o avanço é ainda maior: 31,6%.



Segundo a CNC, ao chegar a 102,2 pontos, o indicador de avaliação dos comerciantes sobre as condições atuais voltou à zona favorável. É o maior patamar desde abril de 2020. Houve resultado positivo também no índice Expectativas do Empresário do Comércio, que com o percentual de 3,7% teve a primeira alta depois de quatro meses consecutivos de queda.


Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os dados indicam que os comerciantes esperam um segundo semestre mais favorável diante do contexto atual. “As variações positivas, entre janeiro e março, do volume de vendas, com mais pessoas circulando nas lojas, e o crescimento da Intenção de Consumo das Famílias, a despeito da inflação e dos juros altos, melhoraram a percepção dos empresários sobre as condições correntes”, afirmou.


Estoques

 

Segundo a CNC, apesar de os preços no atacado ainda comprimirem as margens e, dessa forma, alterarem a dinâmica de reabastecimento do comércio, a percepção sobre o nível dos estoques, no indicador Intenções de Investimento registrou a melhor pontuação desde abril de 2020. A economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, entendeu que esse movimento demonstra que o comércio sentiu, em maio, mais facilidade de repor produtos nas prateleiras do que há um ano, quando o país ainda superava a segunda onda da pandemia de covid-19.


Conforme a CNC, a melhora da confiança das empresas de pequeno porte foi outro fator positivo no indicador. O otimismo do grande varejo cresceu 10,2% no ano encerrado em maio, mas nos pequenos empresários cresceu 32%. “A normalização do fluxo de consumidores nas lojas até abril animou os pequenos lojistas, já que a modalidade de venda em pontos físicos responde majoritariamente pelo faturamento dessas empresas”, mostrou a avaliação da entidade.


De acordo com Izis Ferreira, diante desse cenário, a CNC revisou para cima a projeção de crescimento das vendas em 2022 e estima um avanço de 1,5%. “Espera-se que as medidas de suporte à renda e ao consumo, como os saques extraordinários do FGTS e a antecipação dos benefícios do INSS, tenham efeitos mais concentrados no consumo e pagamento de dívidas na segunda metade do ano”, analisou.


 Por: Agência Brasil - Foto: Divulgação/Burst/Pexels

quinta-feira, 31 de março de 2022

Endividamento de famílias atinge nível recorde em março, diz CNC

A parcela de famílias com dívidas, em atraso ou não, no país atingiu 77,5% em março deste ano. Essa é a maior proporção de endividados desde o início da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), em 2010, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).


Em fevereiro, o percentual era de 76,6%. Já em março do ano passado, a taxa era de 67,3%, de acordo com a Peic.


O percentual de inadimplentes, ou seja, famílias com contas ou dívidas em atraso, chegou a 27,8%, o segundo maior percentual da pesquisa, ficando abaixo apenas daquele registrado no primeiro mês da Peic, em janeiro de 2010 (29,1%). Em fevereiro, taxa ficou em 27% e em março de 2021, 24,4%.


Já as famílias que não terão condição de pagar suas dívidas e contas em atraso somam 10,8%, acima dos percentuais de fevereiro deste ano e de março do ano passado (ambos 10,5%).


O cartão de crédito responde por 87% dos motivos de endividamento no país, seguido pelos carnês (18,7%), financiamento de carro (11,2%), crédito pessoal (9,4%) e financiamento de casa (8,6%).


Da Agência Brasil / Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

quinta-feira, 3 de março de 2022

Total de famílias com contas atrasadas é o maior em 12 anos, diz CNC

O percentual de famílias com dívidas e/ou contas em atraso apresentou, em fevereiro, o maior patamar desde março de 2010, segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (3), no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).



“Alcançando 27% dos lares, o indicador de inadimplência apresentou, em fevereiro, aumento de 0,6 ponto percentual (pp) em relação a janeiro e de 2,5 pp na comparação com fevereiro de 2021. Já a parcela que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e, portanto, permanecerá inadimplente, ela também acirrou na passagem mensal, com aumento de 0,4 pp, a proporção chegou a 10,5%, mesmo percentual de fevereiro do ano passado”, disse a CNC.


Segundo a pesquisa, o percentual de famílias que relataram ter dívidas a vencer (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa) atingiu 76,6% em fevereiro, retomando o nível apurado em dezembro de 2021. Há um ano, a proporção de endividados era de 66,7%, 9,9 pp abaixo do número atual.


Sobre o cenário, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, disse que a escalada dos juros, que encarece o crédito, dificulta a renegociação das dívidas. “O panorama mostra que, na margem, o custo do crédito mais elevado e o próprio endividamento entre as pessoas que vivem no mesmo domicílio dificultam a contratação de novas dívidas e o pagamento dos compromissos na data de seus vencimentos”, disse ele, em nota.


Para a CNC, os dados do Banco Central mostram que as taxas de juros médias nas linhas de crédito com recursos livres às pessoas físicas aumentaram de 39,4% em janeiro de 2021 para 46,3% em janeiro de 2022. Em contrapartida, as concessões de crédito com recursos livres para pessoas físicas cresceram 13,1% em termos reais na comparação interanual, mas caíram 2,7% em janeiro ante dezembro, na média diária.


Mais dívidas

O endividamento e a inadimplência cresceram entre os dois grupos de renda pesquisados. Nas famílias com ganhos até dez salários mínimos, o percentual de endividados aumentou 0,4 pp, chegando a 77,8%. Já na parcela com renda acima de dez salários mínimos, a proporção de endividados alcançou maior patamar histórico, 72,2%, com incremento anual de 10,1 pontos.


Entre os indicadores de inadimplência, o percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso na faixa de até dez salários mínimos atingiu o maior nível da série histórica para meses de fevereiro, 30,3%. Um ano antes, essa proporção era de 27,4%. Na parcela com maiores ganhos, o número também aumentou, chegando a 12,6%, o maior percentual desde abril de 2018.


 

O endividamento no cartão de crédito apresentou a primeira redução entre os endividados desde fevereiro de 2021, mas continua como o principal tipo de dívida no país. Representando 86,5% do total de famílias endividadas, o indicador está 6,5 pp acima do percentual de fevereiro de 2021 e ainda 7,9 pp maior do que em fevereiro de 2020, antes da crise da pandemia de covid-19.


Para a economista da CNC responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, o encarecimento do crédito no Brasil e a fragilidade apontada no mercado de trabalho devem seguir afetando a dinâmica do endividamento e da inadimplência dos consumidores, especialmente em ano de maior incerteza pelo processo eleitoral.


“Consideramos necessárias e relevantes as alternativas que suportem o pagamento dos compromissos financeiros assumidos e a renegociação das dívidas ou contas não pagas”, afirmou a economista.



Da Agência Brasil / Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Confiança do empresário do comércio sobe 1,4% em janeiro, diz CNC

O otimismo dos comerciantes se manteve em alta pela segunda vez consecutiva. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 1,4% em janeiro e atingiu 121,1 pontos, em uma escala que vai de zero a 200.



Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que apura o indicador, o resultado é o maior desde março de 2020, quando alcançou 128,4 pontos.


Além disso, é melhor do que o observado no mesmo mês do ano passado. Em dezembro, o índice atingiu 105,8 pontos. Na comparação anual, o avanço é de 14,5%. Os números foram divulgados hoje (25) pela CNC.


A pesquisa mostrou ainda que todos os subíndices principais tiveram alta. O destaque ficou com as Intenções de Investimento que, com a variação mensal positiva de 1,8%, atingiu 110,6 pontos, o maior nível desde janeiro de 2014. Naquele momento, chegou a 114,6 pontos. Em relação ao mesmo mês em 2021, o indicador cresceu 16,5%.


Já o item Expectativas do Empresário do Comércio registrou a maior pontuação, atingindo 152,7 pontos, com a alta de 1,5% em relação a dezembro do ano anterior. Na comparação com janeiro do ano passado, o avanço é de 7,5%.


Outro dado positivo foi do indicador Condições Atuais do Empresário do Comércio, que voltou à zona de satisfação, após alcançar 100,1 pontos. Conforme a CNC, é o maior nível desde abril de 2020, quando chegou a 105,1 pontos. Além disso, teve o primeiro crescimento mensal ( 0,6%), depois de quatro quedas consecutivas. Na comparação anual, registrou o maior aumento (24,4%) entre os subíndices principais.


O presidente da CNC, José Roberto Tadros, disse que os resultados da pesquisa refletem o avanço da vacinação e a consequente relativa volta à normalidade, apesar da disseminação da variante Ômicron.


"Mesmo com a propagação da variante Ômicron, a vacina tem garantido um impacto menor da Covid-19 na população, com sintomas mais leves e redução da taxa de mortalidade. Esse sentimento de segurança vem contribuindo para que os empresários já enxerguem uma pequena melhora nas condições econômicas, no curto prazo", observou Tadros.


Contratações

 

O otimismo dos empresários se estendeu também à geração de empregos. A pesquisa mostrou que nos itens que analisam as intenções de investimento dos comerciantes, a maior satisfação se referiu à Contratação de Funcionários (137,2 pontos).


O indicador foi também o maior crescimento mensal entre os que compõem esta categoria (5,0%). O Icec apontou ainda que 68,9% dos empresários demonstraram intenção de aumentar a contratação. Esse movimento, de acordo com a CNC, sugere que a recuperação do mercado de trabalho deve continuar.


Para a economista da CNC responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva, é importante observar em qual categoria a empresa está inserida, pois cada uma é impactada de forma diferente pelos movimentos econômicos:


“É possível observar que a maior parte dos empresários está mais confiante com relação à economia e especificamente sobre os desdobramentos em seu próprio negócio”.


Ainda segundo a CNC, a percepção de melhora na economia aparece tanto nas condições atuais do país, como nas expectativas para o futuro. O maior incremento relativo ao momento atual foi na percepção da economia, com avanço de 2,3%, após quatro meses de queda. Entre as empresas, 54,7% indicaram que a expectativa é de que a economia melhore ligeiramente no futuro.


Icec

 

De acordo com a CNC, o Icec é um indicador antecedente, pesquisado, exclusivamente, entre os tomadores de decisão das empresas do varejo. A intenção é verificar as tendências das ações do setor do ponto de vista do empresário.


“A amostra é composta por aproximadamente seis mil empresas situadas em todas as capitais do País, e os subíndices, apurados mensalmente, apresentam dispersões que variam de zero a duzentos pontos. O Icec avalia as condições atuais, as expectativas de curto prazo e as intenções de investimento dos empresários do comércio”, informou.


Da Agência Brasil / Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

Prejuízo do comércio com feriados será menor em 2022, diz CNC

O comércio varejista brasileiro deve ter, em 2022, um menor prejuízo causado por feriados nacionais, analisou pesquisa divulgada hoje (27) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Dos nove feriados nacionais, dois vão cair em domingos: Dia do Trabalhador (1º de maio) e Natal (25 de dezembro). “Isso faz com que o comércio não incorra em um custo de operação maior”, disse à Agência Brasil o economista da CNC, Fabio Bentes, responsável pelo levantamento. A projeção é que as perdas no comércio com feriados sejam 22% menores em 2022, em comparação a 2021.



Fabio Bentes explicou que custo é esse: “Se houver uma compensação pelo trabalho no feriado, na semana subsequente, o comércio é obrigado a pagar hora trabalhada em dobro”. No caso do comércio, Bentes afirmou que, exceto o Natal, não vale a pena fazer esse regime de compensação na maioria dos feriados. Com sete feriados caindo em dias úteis e em sábados, dia de meio expediente no setor, o peso vai ser menor.


“Deve ser o menor prejuízo com feriados desde 2014, quando o comércio teve seis feriados caindo em dias úteis. Então, a principal razão para esse prejuízo menor é o custo menor da folha no dia trabalhado durante o feriado e a perda daquelas vendas casuais que, de alguma forma, acaba atrapalhando um pouco. Quanto mais feriados você tem caindo de segunda-feira a sábado, maior tende a ser o prejuízo do varejo”, informou o economista.


Efeito calendário


De acordo com a pesquisa, o comércio varejista sofreu um prejuízo de R$ 22,11 bilhões em 2021, com os nove feriados nacionais caindo em dias úteis ou em dias ponte, como terça-feira e quinta-feira. “Isso foi muito ruim para o comércio, que sofreu uma das maiores perdas da série histórica”. Para 2022, a previsão é que as perdas fiquem em torno de R$ 17,25 bilhões. “No ano que vem, acontece o inverso. O efeito calendário vai jogar alguns feriados para domingo, onde o comércio em sua maioria está fechado, e alguns aos sábados, onde o expediente é mais reduzido”.



Fabio Bentes explicou que esse prejuízo, geralmente, é maior nos segmentos altamente empregadores, como hiper e supermercados, que terão R$ 3,33 bilhões de prejuízo, do total de R$ 17,25 bilhões projetados. “Esse é o maior empregador do comércio”. Em segundo lugar, vem o segmento de vestuário e calçados, cuja perda deverá atingir R$ 2,83 bilhões. O terceiro maior prejuízo deve ser observado no comércio automotivo que, embora não seja tão grande empregador, tem o salário médio maior do que a média do varejo. O prejuízo nesse segmento deverá alcançar R$ 2,63 bilhões. “O trabalho durante um feriado ali acaba impactando a rentabilidade, a lucratividade do comércio”. Juntos, esses três segmentos concentram 55% das folhas de pagamento do comércio varejista brasileiro, respondendo por mais da metade (51%) das perdas.


Feriados


Atualmente, o calendário conta com nove feriados nacionais: Dia da Confraternização Universal (1º de janeiro), Paixão de Cristo (Sexta-feira Santa), Tiradentes (21 de abril), Dia do Trabalhador (1º de maio), Independência do Brasil (7 de setembro), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro), Dia de Finados (2 de novembro), Proclamação da República (15 de novembro) e Natal (25 de dezembro). Carnaval e Corpus Christi são considerados dias de ponto facultativo.



Em 2021, excetuando o Dia do Trabalhador e Natal (ambos celebrados em sábados, dia de expediente reduzido no varejo), os demais feriados nacionais ocorreram em dias úteis para o comércio, impactando a rentabilidade do setor. Em 2022, as duas datas cairão em domingos e o Dia da Confraternização Universal será em um sábado, reduzindo a sete o número de feriados em dias úteis.


De acordo com a CNC, cada feriado em dia útil gera um prejuízo R$ 2,46 bilhões ao varejo, reduzindo a rentabilidade anual média do setor comercial como um todo em 1,29%. Considerando todas as atividades econômicas, o feriado nacional provoca impacto de R$ 10,12 bilhões na geração do Produto Interno Bruto (PIB), ou o equivalente a 0,12% do PIB anualizado. Desse modo, a CNC avaliou que os feriados de 2022 deverão impactar o excedente operacional do comércio (lucro líquido) em 9%.


Por Agência Brasil / Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil


quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Pernambuco deve faturar R$ 87 milhões com vendas de Black Friday, diz CNC

Com um crescimento suave, a Black Friday deste ano deve alavancar o volume de vendas entre 4% e 5%, na Região Metropolitana do Recife, na comparação com 2020. A análise é do presidente da CDL-Recife, Fred Leal, que estima um fim de ano melhor que a Black Friday.


Para Pernambuco, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é esperado um volume de vendas equivalente a R$ 87,14 milhões durante as vendas da data. 


Contudo, o crescimento no volume de vendas no Recife será prejudicado pelo menor poder aquisitivo das pessoas. “Por conta dos aumentos de energia, água, gasolina, isso pode tirar o poder de compra dos consumidores. Ainda assim, estamos esperançosos”, diz Leal. 


Com relação a geração de empregos, o presidente detalha que as empresas devem postergar o máximo que puderem. "Os empresários aprenderam a investir em produtividade. É fazer mais, com menos", afirma Leal. 


Comércio de rua x comércio eletrônico 

Conforme detalha Leal, o comércio digital acaba crescendo cerca de três ou quatro vezes mais do que o comércio tradicional, de rua. “Essa mudança é irreversível. As lojas estão se tornando omnichannel, ou seja, atuando em todos os canais e o consumidor pode escolher o que é de sua preferência”, acrescenta.  


Até o início da crise sanitária provocada pela Covid-19, o e-commerce brasileiro crescia a uma taxa anual média de 14,1% - ritmo que saltou para 46,2%, de acordo com levantamento baseado nas emissões de notas fiscais eletrônicas computadas pela Receita Federal do Brasil. 


Brasil 

Nacionalmente, segundo a CNC, a expectativa é que a data movimente R$ 3,93 bilhões - aumento de 3,8% em comparação com 2020. No entanto, descontada a inflação, o volume de vendas no país deve apresentar recuo de 6,5% - primeira queda desde 2016.


Para o economista-chefe da CNC, Fábio Bentes, dois fatores são os responsáveis pela evolução tímida da data. De um lado, o mercado de trabalho ainda teima em não cair nos níveis de desemprego. O outro ponto é a inflação, que anualizada passa de 10%”, explica. 


Bentes ainda detalha que do total das vendas esperadas no país, R$ 2,9 bilhões serão apenas do e-commerce. “A Black Friday no Brasil é predominantemente online. É um ponto fora da curva. Na medida em que, regularmente, o comércio eletrônico representa 6% ou 7% das vendas no varejo”, diz o economista e ainda acrescenta que o tíquete médio deste ano deve girar em torno de R$ 1.002. 


“Uma estratégia para este ano é comprar parcelado em 10 ou 12 vezes. Como a inflação está alta, as últimas parcelas acabam sendo ajudadas”, orienta Bentes.  Para continuar lendo, clique AQUI! (Foto: Rafael Furtado/Folha de Pernambuco)

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