© 2014 - Todos os Direitos Reservados ao Blog Negócios e Informes. Tecnologia do Blogger.

Mostrando postagens com marcador Governo avalia Auxílio Brasil temporário para contornar Lei de Responsabilidade Fiscal. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Governo avalia Auxílio Brasil temporário para contornar Lei de Responsabilidade Fiscal. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Governo avalia Auxílio Brasil temporário para contornar Lei de Responsabilidade Fiscal

Diante da dificuldade de aprovar uma fonte de compensação para o novo Bolsa Família, o governo passou a estudar a possibilidade de transformar o Auxílio Brasil em um programa temporário, com menos de dois anos de duração.


A medida dispensaria a aprovação da reforma do Imposto de Renda, posta hoje pelo governo como fonte formal para respaldar o novo programa. Isso porque no caso do programa temporário ficaria dispensada a exigência prevista na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) de compensar despesas permanentes.


A demora na tramitação do projeto do IR no Senado tem levado o governo a considerar alternativas para viabilizar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família.


O plano para respaldar o programa social continua sendo usar a taxação de dividendos, contida no projeto em análise pelos senadores, que serviria de compensação para o novo gasto. Mas a demora na aprovação do texto tem elevado preocupações e forçado novas discussões.


Em seu artigo 17, a LRF exige corte de gastos ou aumento de receitas para a criação de novas despesas permanentes, consideradas aquelas que se estendem por mais de dois exercícios. Isso levou o governo a usar o projeto do Imposto de Renda como solução para o Auxílio Brasil.


Leonardo Ribeiro, analista do Senado e especialista em contas públicas, afirmou que a ideia de fazer o programa temporário é interessante.


"Sabemos que uma agenda social emergencial é absolutamente importante no atual contexto. Uma forma de viabilizá-la fiscalmente sem a obrigatoriedade de compensação é criar um programa temporário", disse.


Ele afirmou que, caso essa saída seja adotada, será necessário revisar o novo programa no final de 2023 para, então, desenhar algo definitivo. A LRF impede a renovação após dois anos sem que haja compensação.


"Criar um programa temporário segue o caminho da responsabilidade, pois o governo estaria preservando as futuras gerações e a sustentabilidade das contas públicas no médio prazo", disse. "Teríamos dois anos para discutir a compensação permanente", afirmou Ribeiro.


A solução dispensaria a taxação de dividendos do IR, mas não a necessidade de abrir espaço no teto de gastos (a ser obtido, nos planos do governo, com a flexibilização dos pagamentos dos precatórios).


Outra alternativa mencionada no governo é o corte de subsídios de empresas e setores, como forma de reduzir despesas e gerar respaldo para o Auxílio Brasil. Mas, neste caso, a saída pode ser ainda mais difícil, graças aos lobbies empresariais que tradicionalmente barram esse tipo de iniciativa em Brasília.


Para o economista Felipe Salto, diretor-executivo da IFI (Instituição Fiscal Independente, ligada ao Senado), o corte de subsídios é ainda mais difícil de ser aprovado do que a reforma do IR. Além disso, ele vê com ressalvas a ideia de criar um programa temporário.


"É uma opção válida, mas, se é para fazer isso, é melhor majorar o programa que já existe. O que acontece é que o governo quer o argumento político de que criou o Auxílio Brasil, e não quer simplesmente aumentar o Bolsa Família", disse.


De acordo com Salto, a exigência de indicação de fonte de compensação orçamentária apenas se aplica no caso de criação de um novo programa. Portanto, o governo poderia simplesmente revogar a medida que cria o Auxílio Brasil e reforçar o Bolsa Família sem precisar cumprir essa obrigação acessória.


"O governo criou para ele próprio uma sinuca de bico. Há o precedente de você reajustar o Bolsa Família sem precisar observar o artigo da LRF porque o programa já existe, mas o que eles estão fazendo é criar um novo programa para ter uma marca. Aí não tem escapatória, tem de indicar a fonte orçamentária permanente", disse.


Outras possibilidades podem ser analisadas, ressaltam membros do governo.


Por enquanto, o combo projeto do Imposto de Renda mais PEC (proposta de emenda à Constituição) dos precatórios continua como a solução oficial, mas o fim do ano se aproxima e as duas propostas continuam pendentes.


Membros da equipe econômica temem que o Senado não aprove a reforma do IR, o que deixaria o novo Bolsa Família sem fonte de compensação. Confira a matéria completa, clique AQUI.  (Foto: Marcelo Casal Jr./Agência Brasil)


Acompanhe-nos no Facebook


Publicidade


!

!
!
!

!

!

!

!
!
!
!
!

!
! !
!

!

Você é o Visitante:

Acessos em Tempo Real

Previsão do Tempo em Surubim

Blogs e Sites Parceiros

Arquivo do blog

Curta Nossa FanPage - Muito Obrigado!

Internautas On Line

(81) 9925.8297 // negocioseinformes@gmail.com