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A montadora Fiat Chrysler (FCA), de capital italiano e americano, apresentou nesta segunda-feira um projeto de fusão com a francesa Renault, o que criaria o terceiro maior grupo mundial do setor, um anúncio celebrado pelos investidores e o governo francês.
De acordo com a proposta da FCA para a Renault, o novo grupo pertenceria em 50% aos acionistas da empresa ítalo-americana e em 50% aos acionistas da montadora francesa.
As ações teriam cotações nas Bolsas de Nova York e Milão, explica a Fiat Chrysler em um comunicado.
A Fiat Chrysler destacou que a fusão criaria o terceiro maior grupo automobilístico do mundo, com vendas anuais de 8,7 milhões de veículos e "uma forte presença em regiões e segmentos chave".
As ações dos dois grupos operavam em alta após o anúncio. O título da FCA avançava 14,30%, a 13,094 euros, na Bolsa de Milão. A ação da Renault subia 13,65%, a 56,81 euros.
França diz sim
O governo francês é favorável à aliança, mas "é necessário que as condições da fusão sejam favoráveis ao desenvolvimento econômico da Renault e evidentemente aos funcionários da Renault", afirmou a porta-voz do governo francês, Sibeth Ndiaye.
O vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini, líder da Liga (partido de ultradireita), chamou a operação de "brilhante". "Se a Fiat cresce, esta é uma boa notícia", afirmou.
O conselho de administração da Renault se reuniu nesta segunda-feira e explicou que pretende "estudar com interesse a oportunidade desta aproximação", que vai gerar um "valor adicional para a aliança" com Nissan e Mitsubishi.
Uma fonte próxima às negociações afirmou que não se espera uma decisão nesta segunda-feira, o que deve "demorar dias, até semanas".
A Fiat Chrysler indicou que a linha de produção das duas empresas é "ampla e complementar, e daria uma cobertura completa ao mercado, do segmento de luxo até o segmento voltado para o grande público.
Fiat Chrysler e Renault produzem automóveis de nível intermediário e populares, o que significa que poderiam compartilhar os avanços tecnológicos, afirmam analistas.
A Renault poderia contribuir com sua tecnologia para o desenvolvimento de motores elétricos, enquanto a Fiat Chrysler entraria com sua conta no mercado norte-americano e seus veículos 4x4 e picape.
A FCA calcular que a fusão geraria sinergias anuais superiores a 5 bilhões de euros, que seriam adicionadas às já existentes no âmbito da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.
De acordo com uma fonte que acompanha o processo, o anúncio seria o resultado de "negociações iniciadas com Carlos Ghosn", o ex-presidente da montadora francesa, investigado no Japão por supostas fraudes financeiras. Continue lendo, clique AQUI!