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sábado, 3 de outubro de 2020

Cultura: Associação Capiba continua atuante

Imagem: Divulgação/Reprodução
Certamente a família pernambucana mais importante musicalmente de todo o século XX foi a dos surubinenses Severino Atanásio de Sousa Barbosa e Maria Digna da Fonseca Barbosa. Não há outra igual. Ele era orquestrador, arranjador, professor de música, tenor de igrejas, clarinetista e violonista. Todos os seus 13 filhos foram iniciados na música e participaram de bandas dirigidas por ele. Nesse ambiente de devotamento à arte musical nasceu no dia 28 de outubro de 1904, à Rua Sete de Setembro, na Vila de Surubim, o grande Lourenço da Fonseca Barbosa, Capiba!


Falar sobre Capiba, honra e glória do carnaval pernambucano, com seus inesquecíveis frevos que marcaram época além de suas incursões pelos mais diversos ritmos e até pela música erudita, é descrever parte significativa da cultura do nosso povo.


Como se não bastasse, outros dois filhos de Severino Atanásio também foram eméritos compositores. José Mariano, conhecido como Marambá foi autor de sucessos nacionais interpretados pela voz de Carlos Galhardo assim como teve seu Hino do Carnaval Pernambucano, em 1937, vencedor de um concurso promovido pela Federação Carnavalesca de Pernambuco. Seu outro irmão Hermann Barbosa, igualmente, deu-se bem como compositor de frevos que marcaram época. No ano de 1954, a Orquestra de Severino Araújo deu repercussão ao seu frevo Camisa Velha.


O grande Capiba, no entanto, esteve à frente de todos.


No último dia do mês de dezembro de 1997, Capiba faleceu aos 93 anos e Pernambuco perdia assim o mais emblemático de todos os seus compositores carnavalescos. Em 2007 sua viúva D. Zezita Barbosa decidiu mudar-se para Surubim, terra de seu ex-marido buscando resguardar-se na tranquilidade do Agreste, levando consigo todo o acervo do compositor. No ano seguinte, em dezembro de 2008, foi fundada a Associação Cultural Capiba cujo objetivo fundamental é preservar a obra e a memória do compositor tendo seu estatuto priorizado a fundação de uma Escola de Música e de um Memorial/Museu onde pudesse ser salvaguardado o valioso acervo desse compositor de importância nacional.


No dia 29 de setembro passado, em seus editoriais, o Diário de Pernambuco publicou um artigo do presidente da Abrajet-PE (Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo – Secção Pernambuco), Luiz Felipe Moura sob o título Associação Capiba Está Inativa, aludindo que essa entidade encontra-se há oito anos imobilizada, sem funcionar, como se estivera acéfala por tanto tempo. Sob esse pretexto tenta mobilizar a opinião pública e os poderes políticos para levar o acervo do genial compositor para um possível museu em Recife.


Nesse sentido a direção da Associação tem a esclarecer os seguintes fatos:


Desde sua fundação até o final de julho de 2019 a entidade foi dirigida pela viúva do compositor D. Zezita Barbosa a quem se deve a criação de uma Escola de Música e de uma Banda que tem se apresentado com brilhantismo nas festas populares do município e enriquecido o cenário musical surubinense. De sua gestão pode-se ressaltar a conquista do terreno para a construção do Memorial/Museu Capiba onde funcionarão igualmente a nova sede da Associação, da Escola de Música e da Banda Capiba.


Em 26 de julho de 2019 uma nova direção assumiu os destinos da entidade associativa. Por força estatutária D. Zezita passou a exercer a função de vice-presidente.


A atual diretoria da instituição, além de vir dando completa assistência à Escola de Música e sua Banda tem envidado esforços para a implantação do Memorial/Museu, articulando-se para captação de recursos com esse objetivo. A Lei Rouanet, as subvenções parlamentares e campanhas de doações estão sendo devidamente articuladas e fazem parte de uma estratégia para viabilização dessa obra. A visibilidade nacional da implantação desse espaço em Surubim abriria as portas do município para o turismo consolidando ganhos significativos com reflexos em sua economia e sua cultura. Neste momento de pandemia, buscando resguardar os sócios e a diretoria da Associação Capiba, as reuniões foram suspensas assim como projetos culturais devidamente aprovados em 2019. Nesse ano o Funcultura (Fundo de Cultura do Estado de Pernambuco) decidiu financiar a elaboração do inventário do acervo do compositor, assim como a restauração de suas partituras para em seguida digitalizá-las e disponibilizá-las em forma de site para a internet. Uma equipe sob a responsabilidade da produtora Página 21 onde participam especialistas em restauração como Luanda Andrade e o musicólogo, professor do Conservatório Pernambucano de Música, Lucas Guerra e pesquisador da obra de Capiba, aguardam o momento para iniciar os trabalhos, suspensos em decorrência da crise de saúde que o país atravessa.


Dentro desse cenário, o entendimento de todos os que fazem a Associação Cultural Capiba é de que nenhum projeto cultural deve ser implantado em detrimento de outros construídos com muita dedicação, suor e trabalho. A hora é de unir forças, criar convergências. Nesse sentido aproveitamos a oportunidade para fazer um convite ao jornalista Luiz Felipe Moura extensivo a todos os outros admiradores da obra de Lourenço da Fonseca Barbosa, o genial Capiba, para que juntos possamos tornar realidade o Museu Capiba em sua terra natal, Surubim. Viva Capiba!


Fernando F. Guerra                                                                          

Presidente da Associação Cultural Capiba


Do Correio do Agreste

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